terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Copa da Ásia: Conhecendo os adversários- Iraque

Voltamos com mais uma análise dos adversários da seleção japonesa na primeira fase da copa da Ásia, desta vez falaremos do segundo jogo da rodada. Um dos adversários mais simbólicos do futebol nipônico, o Iraque.

IFA Logo (Foto: Wikipédia)
Iraq Football Association (Lions of Mesopotamia)
Ranking da FIFA: 103
Títulos principais: Copa da Ásia (2007)
Participações na Copa da Ásia: 7 (1972, 1976, 1996, 2000, 2004, 2007, 2011.)










O Iraque é uma das seleções mais tradicionais da Ásia, e chaga a mais um torneio tentando voltar a figurar entre as melhores seleções do continente. Seu maior feito futebolístico, a conquista da copa da Ásia de 2007, é algo que ainda é lembrado após sete anos, depois disso os leões da Mesopotâmia nunca mais conseguiram um resultado a altura. A seleção falhou nas eliminatórias para a copa do mundo duas vezes e não passou das quartas-de-final da edição passada do torneio asiático em 2011, quando defendia o título. Atualmente o grupo passa por uma reformulação profunda, jogadores jovens e com um futuro promissor podem dar esperanças de um novo rumo ao futebol iraquiano. O time também sofre com os conflitos internos de seu país, a seleção não manda jogos em seus estádios há algum tempo, na era do governo de Saddam a seleção foi banida de torneios asiáticos devido o envolvimento do país em conflitos como a guerra do Golfo.

Título de 2007 da copa da Ásia foi o auge do futebol iraquiano (Foto: Koji Watanabe/Getty images)


O Iraque briga por uma vaga no grupo do Japão,  os time se enfrentam no dia 16 de janeiro e deve ser um adversário mais forte que a Palestina. Os iraquianos não são grandes rivais dos samurais, o Japão leva uma certa vantagem nos últimos confrontos, porém ela é responsável pelo maior desastre da história do futebol japonês. Conhecida como a tragédia de Doha, a seleção japonesa perdeu uma vaga já dada como certa para copa de 1994, o jogo contra os iraquianos foi duro e o gol de empate no fim do jogo deixou um trauma enorme naquela geração.

Principais jogadores: Mahdi Karim, Salam Shaker, Alaa Abdul-Zahra, Saad Abdul-Amir.


Younis é o maior jogador iraquiano de todos os tempos(foto: Getty Images)
Nome: Younis Mahmoud Khalaf
Idade: 31 anos
Posição: Atacante
Clube: Sem clube


Ele é o símbolo de uma geração vitoriosa, grande nome do time que foi campeão em 2007 eleito melhor jogador do torneio e um dos artilheiros, foi indicado ao prêmio de melhores jogadores do mundo pela FIFA e eleito o melhor jogador asiático em 2006. Considerado o jogador iraquiano mais importante de todos os tempos Younis é um jogador completo, arma jogadas, finaliza e exerce o papel de líder, em tempos de renovação sua experiência é fundamental para o crescimento do grupo.










segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sai a lista dos 23 convocados para a copa da Ásia

A JFA divulgou hoje a lista dos 23 convocados para a copa da Ásia, a lista feita pelo treinador Javier Aguirre conta com a maioria de remanescentes da conquista da última do torneio. Jovens que agradaram o treinador mexicano como Muto, Shiotani e shibasaki terão a chance de representar a seleção numa competição importante pela primeira vez. As surpresas ficaram por conta dos defensores Gen Shoji e Kosuke Ota. Alguns torcedores manifestaram o descontentamento da não convocação de Takashi Usami, que vem em pleno auge, sendo um dos principais responsáveis pra campanha brilhante do Gamba Osaka nesta temporada, o jogador tem problemas disciplinares e por conta disso perde oportunidades na seleção.

Lembrando que o Japão estreia dia 12 de janeiro contra a Palestina, dia 16 contra o Iraque e fecha a primeira fase no dia 20 contra a Jordânia. O torneio acontece na Austrália.


Confira a lista completa:

Goleiros:
Eiji Kawashima (Standard Liège)
Masaaki Higashiguchi (Gamba Osaka)
Shusaku Nishikawa (Urawa Reds)

Laterais:
Atsuto Uchida (Schalke 04)
Yuto Nagatomo (Internazionale)
Gotoku Sakai (Stuttgart)
Kosuke Ota (FC Tokyo)

Zagueiros:
Maya Yoshida (Southampton)
Masato Morishige (FC Tokyo)
Tsukasa Shiotani (Sanfrecce Hiroshima)
Gen Shoji (Kashima Antlers)

Volantes:
Yasuhito Endo (Gamba Osaka)
Yasuyuki Konno (Gamba Osaka)
Makoto Hasebe (Eintracht Frankfurt)
Gaku Shibasaki (Kashima Antlers)

Meias:
Keisuke Honda (Milan)
Shinji Kagawa (Borussia Dortmund)
Hiroshi Kiyotake (Hannover 96)
Takashi Inui (Eintracht Frankfurt)

Atacantes:
Shinji Okazaki (Mainz)
Yohei Toyoda (Sagan Tosu)
Yu Kobayashi (Kawasaki Frontale)
Yoshinori Muto (FC Tokyo)

Copa da Ásia 2015: conhecendo os adversários- Palestina

Há menos de um mês o maior torneio de seleções do continente asiático terá início. O Japão, atual campeão, tentará a o quinto título. A partir de hoje traremos informações sobre os adversários dos japoneses na primeira fase, começando com uma seleção bem peculiar, a Palestina.

PFA logo (Foto: Wikipédia)
Palestinian football association (Lions of Canaan)
Ranking da FIFA: 113
Títulos: 1 (AFC Challenge cup 2014)
Participações na copa da Ásia: Estreante









Pouco se conhece da seleção da Palestina, para o público geral é até novidade que exista uma seleção de futebol por lá, mas o fato é que desde 1928 existe uma associação de futebol da Palestina, inclusive com uma competição nacional que tem duas divisões com 12 clubes cada. A seleção nunca havia conquistado nada, apenas resultados modestos em competições menores pelo continente asiático, até que em 2014, a equipe surpreendeu ao conquistar a AFC Challenge cup, uma espécie de torneio que qualifica para a principal competição de seleções do continente, a copa da Ásia. Além da vaga para o torneio, os leões de Canaan conquistaram seu primeiro título da história, um feito heroico para o futebol do país. O conflito com Israel também afeta o esporte, várias vezes a federação sofreu boicote em competições, atletas são presos ou então são recrutados para os exércitos, alguns até perderam a vida em bombardeios.  A dispersão do povo palestino pelo mundo é um retrato também na seleção, vários jogadores nasceram em países diferentes como, Egito, Chile, Argentina, Jordânia e Arábia Saudita.

Título histórico do futebol palestino, que rendeu uma vaga inédita para a Copa da àsia. (Foto: Haveeru-Ahmed Abdulla Saeed)

Na copa da Ásia, a Palestina tem pretensões bem modestas, o time é bastante aguerrido, mas não deve fazer muita coisa. Logo de cara enfrentam a seleção mais forte do grupo, atual campeã do torneio e uma das maiores forças futebol asiático, o Japão no dia 12 de janeiro. Não fazer feio é a meta dos leões de Canaan, fazer bons jogos e aparecer pra o cenário futebolístico do continente.


Principais jogadores: Ramzi Saleh, Murad Ismail Said, Hussan Abu Saleh, Abdelhamid Abuhabib.

                                                                
Nu'man é o jogador mais perigoso da seleção palestina(Foto: AFC Asian Cup Twitter oficial)
Craque do time

Nome: Ashraf Nu'man Al-Fawaghra
Idade: 28 anos
Posição: Meia ofensivo, atacante
Clube: Al-Faisaly(KSA)

Principal articulador do ataque e também um dos artilheiros da seleção, jogador habilidoso, rápido e extremamente decisivo. Atuando pelos lados do campo com movimentação, ele se apresente em todas as jogadas de ataque, especialista em cobranças de faltas e pênaltis. Nu’man é um dos jogadores mais experientes da seleção, além de sua técnica ele também serve de referência no time. 











terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dominado, Japão sofre mais uma goleada para o Brasil

Por: Chico Vidal



Não foi dessa vez que vimos a primeira vitória japonesa sobre a seleção brasileira, longe disso, mais uma vez os samurais foram completamente dominados e massacrados. Num jogo fácil para a seleção canarinha, e um espetáculo a parte de Neymar, que se tornou o carrasco dos japoneses, Brasil fez quatro a zero sem suar muito a camisa. Ficou evidente a disparidade técnica entre as equipes.

Após perder Kagawa, lesionado na última partida, Aguirre monta um time bastante alternativo deixando jogadores experientes com Honda e Nagatomo no banco para começar o jogo contra o Brasil, que veio com o time titular. Tecnicamente superior, os brasileiros dominavam e estavam a vontade no jogo, o Japão não apertava muito e nem eles forçavam a defesa nipônica, o gol sairia naturalmente. O Japão tentava chegar no toque de bola mas esbarrava na defesa bem posicionada do adversário. 

Apostando sempre no talento individual do seu principal jogador, o Brasil começou a apertar, em cobrança de falta Neymar carimbou o travessão. Em seguida Tardelli lança o camisa 10, que recebe de frente pro gol, dribla Kawashima e manda pras redes abrindo o placar.O Japão teve uma chance de falta, na cobrança a bola explode na mão de Luiz Gustavo dentro da área, japoneses pedem pênalti, mas a arbitragem não vê e o lance segue.  Quase no final do primeir tempo o Japão enfim cria uma situação de perigo, após cruzamento na área, Okazaki cabeceia com perigo e a bola passa perto da trave.

Na segunda etapa Aguirre coloca Honda em campo para tentar mudar o parâmetro do jogo, sem muito sucesso, a partida continua na mesma pegada,  e com o Brasil mais incisivo, vendo que os japoneses precisavam buscar mais jogo.  Com uma marcação mais forte, os brasileiros forçaram o erro japonês, que aconteceu quando Shibasaki tenta um passe desnecessário de calcanhar e é interceptado, no contra ataque Coutinho que, acabara de entrar, deixa Neymar livre pra ampliar.

O Japão se lança mais ao ataque, tenta com Honda e Okazaki que acerta a trave numa rara oportunidade. Aproveitando os contra-ataques o Brasil é mortal, pela direita a bola é lançada e Kaká acerta o travessão,  em seu primeiro lance no jogo, na sobra Coutinho chuta e Kawashima defende, no rebote estava Neymar que não desperdiça. Nessa altura da partida, os japoneses estão entregues, Robinho e Coutinho quase marcam,  porém quem fecha o caixão é o inspirado Neymar, que recebe cruzamento preciso de Kaká, tocando no contra pé do goleiro, que chega a tocar na boa. Com o placar feito o Brasil administra a goleada até o fim do jogo.

A superioridade técnica do Brasil nesse jogo foi absurda, mais uma vez ficou evidente o abismo entre as duas seleções. A meu ver esse amistoso foi desnecessário para o Japão, o time ainda está em formação, Aguirre ainda está montando o time, visto quer hoje a maioria enfrentou o Brasil pela primeira vez ainda que jogadores mais experientes ficarma de fora dessa convocação por conta de lesões. Seria mais prudente enfrentar um adversário mais fraco, pra dar confiança ao grupo.  

Após esses  quatro primeiros jogos, Javier Aguirre precisa começar a definir o time, se ele estiver com todos os jogadores a disposição ele tem que convocá-los, espero que na próxima lista  já deva ter a base do time. O Japão volta a campo em novembro contra Honduras dia 14 e dia 18 contra a Austrália.

Carrasco japonês, Neymar marcou os quatro tentos do Brasil (AP)

Ficha do jogo:
Japão 0 X 4 Brasil – National Stadium, Cingapura
Gols: Neymar 17’, 48’, 76’, 80’

Japão: Kawashima, G.Sakai, Shiotani, Morishige, Ota, Taguchi, Shibasaki (Daisuke Suzuki), Morioka (Honda), Junya Tanaka (Hosogai), Yu Kobayashi (Muto) e Okazaki (Kakitani).

Brasil: Jefferson, Danilo (Mario Fernandes), Miranda, Gil, Felipe Luis, Luiz Gustavo (Souza), Elias (Kaká), Willian (Everton Ribeiro), Oscar (Philippe Coutinho), Neymar e Diego Tardelli (Robinho).

Arbitro: Ahmad A’Qashah (SIN)


Notas:

Kawashima: 5,0 – Não teve culpa nos gols, fez algumas defesas, mas não evitou a goleada.

Gotoku Sakai: 4,0 – Limitou-se mais a marcar subindo pouco ao ataque, no primeiro gol brasileiro deu condições ao Neymar  de receber a bola.

Shiotani: 4,5 – Ficou confuso com a movimentação do ataque brasileiro, conseguiu alguns desarmes, no entanto falhou ao tentar marcar Neymar.

Morishige: 4,5 – Assim como seu companheiro, teve dificuldades de marcar o ataque verde e amarelo, fez alguns desarmes.

Ota: 5,0 – Apoiou bastante, mas cedeu muito espaço na lateral esquerda.

Taguchi: 5,0 – Improdutivo na criação de jogadas fez apenas um cruzamento certo que resultou numa boa chance japonesa.

Shibasaki: 5,0 - tentou organizar o meio, fez bons desarmes, mas falhou ao perder a bola que originou no segundo gol brasileiro.

Morioka: 4,0 – Nulo na partida, não marcou, não criou. Foi substituído no intervalo.

J.Tanaka: 5,0 – Apareceu muito no primeiro tempo tentando criar situações de gol, no segundo tempo caiu de rendimento.

Kobayashi: 5,0 – Teve uma boa chance de marcar, brigou bastante, porém sem sucesso.

Okazaki: 5,5 – Sem muito espaço pra jogar, fez o que sabe fazer, brigou pela bola se movimentou bastante. Teve duas boas chances, uma delas acertando o travessão.

Honda: 5,0 – Entrou no segundo tempo para tentar dar um gás, mas pouco fez. Teve uma chance, mas foi bloqueado na hora da finalização.

Muto: 5,0: Entrou no segundo tempo e criou uma boa chance no ataque, depois não apareceu muito.

Hosogai: 5,0 – Entrou para dar uma marcação mais forte no meio de campo, foi pouco efetivo.

Kakitani: Sem nota – Jogou pouco tempo e já não podia fazer nada para ajudar o time em campo.

Daisuke Suzuki: Sem nota – Entrou no fim.




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Japão comanda o jogo, mas faz o mínimo na primeira vitória da era Aguirre

Por: Chico Vidal

O Japão dominou a partida do começo ao fim, esperava-se uma goleada já que o adversário não era dos mais fortes, mas a falta de eficiência ofensiva fez com que o placar fosse mínimo. Diante de mais de 39 mil torcedores no estádio Big Swan, em Niigata, o Japão recebeu a Jamaica e conquistou sua primeira vitória sob o comando do mexicano Javier Aguirre.

Com uma formação bastante ofensiva, os japoneses partiram pra cima e logo controlaram o jogo, Honda em cobrança de falta quase marca e Kagawa arriscando de longe por pouco não faz um golaço.  O tento japonês estava amadurecendo, e depois de bela triangulação entre Okazaki, Honda e Shibasaki, o zagueiro Nosworthy empurrou para as próprias redes. Depois disso o Japão seguiu com inúmeras oportunidades, os jamaicanos iam se virando como podiam na defesa, o goleiro Thompson brilhou em várias ocasiões e saiu de campo como um dos melhores do jogo.

Na segunda etapa os samurais azuis seguiram tentando aumentar o placar, porém eram pouco eficientes. Os jamaicanos por sua vez não tinham forças para reagir, quando chegavam era através dos erros da defesa nipônica, numa das ocasiões quase os “reggae boys” empataram o jogo. E nesse ritmo o jogo seguiu até o fim, o Japão tentando ampliar e a Jamaica se defendendo e esperando um vacilo adversário.

Okazaki jogando de centroavante deu muito trabalho a defesa adversária (Getty Images)

Os pontos positivos da partida foram as atuações seguras de Shiotani e Morishige na defesa, Shibasaki cada vez mais se firmando como titular no time, foi o motor do meio-campo hoje, Okazaki atuando em sua posição original, dando trabalho pra defesa, brigando como sempre e participando mais das jogadas ofensivas. Honda e Kagawa também fizeram boas partidas, articulando o ataque e também finalizando a gol. A negativa é que apesar de não ter levado sufoco do adversário, o time ainda deu mole lá atrás, Nagatomo quase entrega o jogo após uma bola mal recuada, sorte que a zaga se saiu bem hoje.

No fim das contas a vitória foi importante, Aguirre comemorou muito o trunfo, embora saibamos que o Japão ficou devendo nessa partida, apesar das chances criadas, o time perdeu muitos gols, foi pouco pra qualidade do Japão, ainda mais, contra uma seleção muito inferior tecnicamente. Não podemos ser ineficazes assim na terça contra o Brasil, também é preciso errar o mínimo na defesa, caso o contrário não teremos chance alguma.

Ficha do jogo:

Japão 1 X 0 Jamaica – Denka Big Swan Stadium, Niigata – público 39.628
Gol:  Nyron Nosworthy 16’ (contra)

Japão (4-3-3), Nishikawa, G.Sakai, Shiotani, Morishige, Nagatomo(Ota), Hosogai, Shibasaki, Kagawa(Taguchi), Honda, Muto(Kakitani) e Okazaki(Kobayashi).

Jamaica (3-5-2), Thompson, Nosworthy, Morgan, Taylor, Lawrence, Watson, Finlayson(Gray), Grant, Powell, Richards(Mattocks) e Loza(Seaton).

Árbitro: Ma Ning (CHN)

Cartões: Amarelo: Morgan, Watson e Loza (Jamaica) 



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Kagawa retorna e Aguirre convoca Japão para amistosos

Por: Chico Vidal

O técnico Javier Aguirre convocou os jogadores que participarão dos próximos amistosos da seleção japonesa contra a Jamaica (11) e Brasil (14) de outubro. Destaque para a volta do camisa 10, Shinji Kagawa que ficou de fora dos últimos amistosos por conta de lesão. O mexicano continua testando vários jogadores, principalmente na defesa, setor mais carente da seleção.

Mais uma lista bem interessante do Aguirre, mostra que tem visto a J-league e segue testando diferentes jogadores na defesa, Shoji, Ota e Nishi estão fazendo uma boa campanha em seus clubes, e finalmente deu uma chance ao Shiotani, jogador foi muito aclamado desde a época do Zaccheroni, fez temporadas brilhantes, é um jogador interessante para ser testado. No ataque ele deu uma chance pra Kobayashi, que também faz uma boa temporada no campeonato nacional.

Após lesão, Kagawa é convocado por Aguirre pela primeira vez (foto: Getty Images)
Contará finalmente com Kagawa,  voltando de lesão, precisa mostrar que é um dos pilares do time,  apesar das últimas atuações pela seleção não terem sido brilhantes ele ainda é decisivo, e agora que voltou ao clube onde é ídolo seu futebol pode voltar a ser de alto nível. A boa fase do atacante Okazaki também é um trunfo para o mexicano para os próximos jogos, atual artilheiro da Bundesliga e principal goleador do Japão há pelo menos sete anos se jogar dentro da área rende muito mais do que como ponta, posição que tem atuado ultimamente. A volta de Mike Havenaar é que parece ser um retrocesso, o atacante nunca convenceu na seleção, possível que seus 1,94 de altura seja o único motivo para ele ser convocado, acredita-se que ele pode ser útil na jogada aérea. As ausências de Uchida e Endo são uma dúvida, eles estão jogando muito bem em seus clubes, possivelmente Aguirre pretende testar o maior numero de jogadores possíveis nesses dois jogos.

A vitória contra a Jamaica é obrigação, o Japão é tecnicamente muito superior e tem que mostrar isso dentro de campo, contra o Brasil é mais complicado, além do retrospecto o time ainda mostra falhas na defesa e contra equipes de alto nível isso fica mais evidente. O interessante é que Aguirre possa testar o máximo de jogadores nesses dois amistosos principalmente no primeiro onde o adversário é teoricamente mais fraco, e depois ir com um time mais definido pra enfrentar a seleção brasileira.

Convocação completa:
Goleiros: Eiji Kawashima (Standard Liège), Shusaku Nishikawa (Urawa Reds) e Shuichi Gonda (FC Tokyo).
Defensores: Hiroki Mizumoto (Sanfrecce Hiroshima), Yuto Nagatomo (Inter de Milão), Kosuke Ota (FC Tokyo), Daigo Nishi (Kashima Antlers), Masato Morishige (FC Tokyo), Gen Shoji (Kashima Antlers), Maya Yoshida (Southampton), Tsukasa Shiotani (Sanfrecce Hiroshima) e Gotoku Sakai (Stuttgart).
Meias: Hajime Hosogai (Hertha Berlin), Junya Tanaka (Sporting), Shinji Kagawa (Borussia Dortmund), Ryota Morioka (Vissel Kobe), Keisuke Honda (Milan) e Gaku Shibasaki (Kashima Antlers)
Atacantes: Shinji Okazaki (Mainz 05), Mike Havenaar (Córdoba), Yu Kobayashi (Kawasaki Frontale), Yoichiro Kakitani (Basel) e Yoshinori Muto (FC Tokyo).

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Aguirre convoca o Japão com sete novatos

Por: Chico Ferreira

Javier Aguirre fez sua primeira convocação da seleção japonesa para os amistosos contra Uruguai (5/9) e Venezuela (9/9). Na lista muitas caras novas, ao todo foram convocados 23 jogadores, 12 são remanescentes do grupo que disputou a copa, três estão tendo outra chance de representar o Japão e sete estão tendo a primeira oportunidade de vestir a hinomaru.

Shibasaki, nome muito esperado na lista de Aguirre (Foto: Getty Images)
Para a primeira lista Aguirre foi bem, manteve a base do time (o que era esperado) e deu chances a jogadores jovens que estão tendo um bom desempenho na J-league como o volante Gaku Shibasaki, que vem sendo um dos principais jogadores da boa campanha do Kashima Antlers nessa temporada e já era esperado há muito tempo na seleção. 


Além de algumas surpresas como o goleiro Hayashi e o zagueiro Tasuya Sakai ambos do Sagan Tosu, time que vem fazendo uma campanha surpreendente no campeonato japonês. Algumas ausências como Takashi Usami e Takumi Minamino, este último esperava-se que estivesse nessa lista. No entanto para os primeiros jogos a lista agradou muito no geral.

Lembrando que Aguirre ainda não poderá contar com alguns jogadores que seriam nomes certos nessa convocação. Shinji Kagawa, Atsuto Uchida, Genki Haraguchi e Hotaru Yamaguchi não foram chamados porque estão lesionados.

Confira a lista completa:

Goleiros:
Eiji Kawashima (Standard Liège-BEL)
Shusaku Nishikawa (Urawa Red Diamonds)
Akihiro Hayashi (Sagan Tosu)

Defesa:
Yuto Nagatomo (Internazionale-ITA)
Hiroki Sakai (Hannover 96- ALE)
Gotoku Sakai (Stuttgart- ALE)
Ken Matsubara (Albirex Niigata)
Maya Yoshida (Southampton-ING)
Masato Morishige (F.C Tokyo)
Tatsuya Sakai (Sagan Tosu)
Hiroki Mizumoto (Sanfrecce Hiroshima)

Meio-campo:
Makoto Hasebe (Eintracht Frankfurt- ALE)
Gaku Shibasaki (Kashima Antlers)
Hajime Hosogai (Hertha Berlin-ALE)
Keisuke Honda (Milan- ITA)
Takahiro Ogihara (Sanfrecce Hiroshima)
Ryota Morioka (Vissel Kobe)

Ataque:
Shinji Okazaki (Mainz 05- ALE)
Yuya Osako (Colônia- ALE)
Yoichiro Kakitani (Basel-SUI)
Yusuke Minagawa (Sanfrecce Hiroshima)
Junya Tanaka (Sporting Lisboa-POR)
Yoshinori Muto (F.C Tokyo)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Japão enfrentará o Brasil em outubro

Por: Chico Ferreira

 A JFA já confirmou uma lista de amistosos que servirão como preparação para a nova fase da seleção japonesa, começando pela busca do penta asiático em 2015. Dentre as seleções adversárias temos quatro da América do Sul, uma delas é a seleção brasileira. O amistoso está confirmado pra o dia 14 de outubro em Singapura.

Nosso retrospecto contra a seleção canarinho não é nada favorável, em 10 confrontos com as seleções principais foram oito derrotas e apenas dois empates, e os últimos dois confrontos perdemos de goleada sofrendo sete gols e não marcando nenhum. E em toda história foram apenas quatro gols marcados e 27 sofridos, a vantagem brasileira é esmagadora.

Vantagem brasileira em confrontos contra o Japão é enorme (Foto: Getty Images)
Brasil e Japão estão iniciando um novo ciclo, ambos com treinadores novos e dispostos a mostrar bons resultados logo de inicio. Uma vitória contra uma grande adversária seria ótimo pra dar moral pro time, e acabar de vez com esse velho tabu de que o Japão amarela diante do Brasil. Aguirre já venceu a seleção brasileira quando treinou o México e pode mostrar o caminho para os japoneses.

Além do Brasil a JFA confirmou mais cinco jogos até novembro, são eles:

 5/9 - Japão X Uruguai - (Kirin Challenge cup)

9/9 - Japão X Venezuela - (Kirin Challenge cup)

10/10 - Japão X Jamaica – (Kirin Challenge cup)

14/10- Japão X Brasil – Singapura

14/11- Japão X Paraguai - (Kirin Challenge cup)

18/11 – Japão X Romênia - (Kirin Challenge cup)


       

domingo, 6 de julho de 2014

O que podemos esperar de Aguirre?

Por: Chico Ferreira


             
A JFA escolheu Javier Aguirre, só falta oficializar(Foto: Getty Images)
A seleção japonesa tem um novo treinador, a JFA não demorou em mexer os pauzinhos e contactou o mexicano Javier Aguirre para o cargo de treinador dos samurais blues para os próximos quatro anos (maior contrato já oferecido a um treinador pela JFA). Apesar do anuncio oficial só sair após o mundial, está quase certo que ele assuma o cargo, tendo já os salários acertados, cerca de 2,45 milhões de dólares por ano (o treinador mais bem pago da historia da seleção!).

Javier Aguirre tem 55 anos e foi jogador de futebol antes de se tornar treinador, atuando no meio-campo, chegou a atuar pela seleção mexicana e disputou a copa de 1986. Como treinador ele treinou alguns clubes mexicanos, assumiu a seleção de seu país em duas copas do mundo (2002 e 2010), passou também na Espanha e treinou o Osasuna, Atlético de Madrid e Zaragoza e seu último trabalho foi no Espanyol.

Em suma, caso se concretize, Aguirre não é o treinador ideal para a o Japão, sua carreira foi em grande maioria em clubes medianos na Europa. Conquistou poucos títulos o mais importante deles, com a seleção mexicana foi a conquista da Golden Cup em 2009.  Uma grande história ele não tem, ele é no mínimo do mesmo patamar de Alberto Zaccheroni, porém tem um jeitão de mais motivador do que o estático italiano. E já vem sendo criticado antes mesmo de começar a trabalhar, os diretores da J-league gostariam que alguém com mais conhecimento no futebol japonês fosse chamado, o que eu concordo nesse ponto, a J-league foi pouco prestigiada pelo italiano, muitos jogadores que merecia ao menos um teste no time nem foram lembrados. Nosso novo treinador também terá problemas para arrumar essa defesa que foi a pedra no sapato do Zacch.

Torcemos para que ele nos surpreenda, a base do time deve ser a mesma, só mudando alguns jogadores veteranos que devem encerrar seu ciclo com os samurais. A J-league deve ser mais exploradam assim como as categorias de base da JFA e acima de tudo o treinador tem que explorar o que o futebol japonês tem de melhor, e tem que saber motivar e cobrar isso dos jogadores. Essa geração pode mais do que vimos nessa copa, ano que vem tem Copa da Ásia e o Japão defendera a hegemonia e tem tudo para conquistar mais um título.

Podemos esperar muito trabalho e dedicação, Aguirre costuma motivar bastante seus atletas. Um treinador mais vibrante pode ser bom pra seleção, só esperávamos alguém com mais bagagem no futebol oriental e acima de tudo com um currículo melhor, contudo venha o que vier, estaremos sempre na torcida. Ganbare Nippon!