sexta-feira, 24 de maio de 2013

Duelos históricos da Copa das Confederações - Parte 2: Japão 2x2 Brasil - 22/06/2005


A Copa das Confederações está cada dia mais perto! E a aprtida entre Brasil e Japão está muito próxima
No começo da semana contamos a história do primeiro confronto ocorrido em 2001.
Agora contaremos a vocês sobre o grande duelo que ocorreu no ano de 2005 na Alemanha.
Lembrando que jamais houve um vencedor nestes confrontos em Copas das Confederações.

Fiquem agora com a Parte 2 dos grandes duelos que o Japão Promoveu:

No dia 22 de Junho na cidade de Colônia, na Alemanha. Entraram em campo Japão e Brasil pela terceira rodada da Copa das Confederações. O jogo valia muito, quem perdesse estaria eliminado.
A seleção brasileira tinha um recurso extra devido ao saldo de gols. A equipe campeã da Copa America poderia classificar-se com apenas um empate.

Japão e Brasil entraram em campo precisando da vitória. Quem perdesse daria adeus. (foto: getty images)
Preocupadíssimos com a situação, Zico e Carlos Alberto Parreira colocaram o melhor material humano possível em campo.
Zico escalou no time em um 4-4-2. Esquema que funcionou direitinho na vitória diante da Grécia. Parreira usou a mesma formação, mas com Ronaldinho e Kaká mais abertos pelos lados.
Lembrando que Zico diante do México entrou no 3-5-2, mas Chano fez o favor de afundar o esquema tático e dar muitas dores de cabeça ao treinador brasileiro.


Japão e Brasil fizeram um grande jogo (foto:fifa.com)

O jogo

Logo no começo da peleja, o Japão mostrou todo o talento e disciplina tática na partida. Com a defesa bem postada, desarmou os primeiros ataques brasileiros e foi assim o jogo todo praticamente. Miyamoto estava em um grande dia, teve uma atuação de gala ao lado de Makoto Tanaka.
O meio campo com o quarteto Fukunishi, Hide, Ogasawara e Nakamura fluía bem, apesar dos erros infantis de Ogasawara.

Yanagisawa por pouco não marca um belo gol de cabeça logo no começo do jogo (foto: reprodução da web)
Aos seis minutos, em uma jogada rápida e de muita técnica, os japoneses tabelou perfeitamente e Nakamura em um passe magistral, deixou Kaji livre e em POSIÇÃO LEGAL para marcar o primeiro gol do conflito. Mas o bandeirinha tunisiano Tasoufik Adjengu anulou o gol que seria o da eliminação brasileira, o gol que seria histórico.
Kaji, Nakata, Nakamura e Zico ficaram furiosos com o ocorrido.
O lance foi tão grotesco que até comentaristas e narradores brasileiros ficaram inconformados com tal erro.

A anulação do tento foi um balde de água fria para os Samurais, o time com o baque acabou se descuidando e Ronaldinho em uma bela jogada individual tocou para Robinho que abriu o placar para os brasileiros.
O Brasil com o gol começou a gostar mais do jogo, e foi para cima, mostrando o futebol envolvente e de muita troca de passes como é da escola.
Nakamura como em toda a copinha foi o nome do jogo. Foi eleito o melhor em campo e marcou um golaço (foto:fifa.com)
 A seleção japonesa aos 21 minutos recobrou os sentidos e voltou ao jogo.
Mas o grande problema japonês era o ataque. Tamada  estava completamente anulado e não produzia nada e Yanagisawa desperdiçando chances atrás de chances na busca do empate. O camisa 13 acertou duas vezes a trave do goleiro Marcos.
 Mas a tarde mesmo era de Nakamura, o maestro aos vinte e sete minutos, em outra jogada de gênio, viu o goleiro adiantado e marcou um golaço de cobertura.
Para delírio dos 44 mil espectadores em Colônia.

Nakamura marca golaço e mais uma vez deixa o nome gravado no torneio (foto: fifa.com)
Com o empate a partida pegou fogo, as equipes buscavam o ataque o tempo todo e não queriam saber de jogar no erro do adversário. Era lá e cá o bombardeio nas defesas.
Mas o Japão se empolgou e expôs muito a defesa, jogou muito aberto.
Foi quando Ronaldinho percebeu a falha e marcou o segundo gol brasileiro aos 35 da etapa inicial.

A forte marcação não deixava o Brasil dominar o jogo. defensivamente o Japão foi espetacular. (foto: fifa.com)
A reação brasileira parou por aí, Miyamoto e Tanaka novamente fecharam a defesa e nada mais passou.
Mas Ogsawara, Yanagisawa e Tamada estavam mal na partida, desperdiçando bons ataques e oportunidades.

Segundo tempo

No intervalo Zico tirou Ogasawara e Tamada e botou no gramado Nakata Koji e Oguro.
As mudanças de cara surtiram efeito. Oguro botou mais velocidade no ataque e Koji deu mais posse de bola à equipe. Apesar de ter melhorado, o Japão ainda desperdiçava muitas chances com Yanagisawa e quando acertava o gol, Marcos fazia milagre.
A zaga estava em um dia ótimo com poucos erros e desarmes perfeitos, o meio campo ligava bem ao ataque, mas de algum jeito bizarro, os gols não aconteciam.
Kawaguchi também estava tinindo, muito seguro e fazia defesas espetaculares.
Antes dos 30 minutos, Zico botou Suzuki em campo no lugar de Yanagisawa, mas o atacante cabeludo pouco fez.
O Japão atacava o tempo todo, mas nada de gols! (foto:fifa.com)
 Quando o relógio marcava quarenta e três minutos, Nakata é derrubado na entrada da área, quase na meia lua. Nakamura ajeita com carinho, cobra com maestria e acerta a trave  para o azar da seleção Nipônica. Mas Oguro estava na hora certa e no lugar certo, e em um voleio bonito empata a partida.

Oguro acerta um belo voleio e empata a peleja (foto:fifa.com)

No último lance do jogo, Oguro mais uma vez apareceu na área e quase virou o marcador obrigando Marcos a fazer milagre e logo após o lance o árbitro encerrou a partida.
Este com toda a certeza foi um dos melhores duelos da história do torneio.
Poderia ter sido mais bonito senão fosse o grande descuido do bandeirinha tunisiano, Tasoufik Adjengu.
Mas o Japão continuou invicto diante do Brasil, mesmo eliminado da copinha.

Apesar da eliminação o Japão saiu de cabeça erguida  lutando até o fim. (foto: fifa.com)
Ainda não acabou pessoal!
Você leitor do blog Futebol Nippon ficará pro dentro de todas as histórias e curiosidades envolvendo a seleção japonesa na competição.