O jogo entre
Brasil e Japão válido pela Copa das Confederações acontecerá em menos de um
mês. O Duelo ocorrerá no moderníssimo (e superfaturadíssimo, roubadíssimo)
Estádio Mané Garrincha em Brasília.
Mas esta não é
a primeira vez que Brasil e Japão se defrontam na competição.
Dois grandes
duelos já marcaram em toda a história do torneio: O 0x0 em 2001 na cidade de
Ibaraki no Japão e em Colônia na Alemanha as equipes ficaram em 2x2.
Você leitor
ficará sabendo da história do primeiro confronto agora!
Aguardem pelo
post da segunda partida em breve!
O Japão entrou em campo precisando apenas de um empate para terminar como líder do Grupo B (foto:fifa.com) |
No dia 4 de
junho de 2001 entraram em campo na cidade de Kashima Japão e Brasil.
Foi a primeira
vez que Brasil e Japão duelaram em uma competição oficial da FIFA.
Antes, só
haviam jogado amistosos e o Japão perdeu todos.
O palco não
poderia ser mais ideal. Simplesmente o Kashima Soccer Stadium.
Gramado consagrado
e que mostra toda a união entre o futebol japonês e brasileiro.
Ídolos como
Zico, Bismarck, Alcindo, Jorginho, Leonardo e muitos outros já foram “da casa”.
As equipes
vinham de situação semelhante para entrar em campo.
A seleção
japonesa entrou “de cuca fresca” no confronto. Já classificada e com duas
vitórias na bagagem (2x0 contra Camarões e 3x0 no Canadá), o técnico Troussier
escalou um time misto para dar oportunidade aos atletas que ainda não haviam
tido chance de atuar no torneio.
O mesmo ocorreu
com a seleção brasileira, mas o técnico Emerson
Leão não quis saber de brincadeira. Botou a equipe titular para vencer e
roubar a vaga de líder dos anfitriões no Grupo B. Já que na próxima fase quem
ficasse em segundo colocado enfrentaria a atual campeã mundial França que
terminou como líder no Grupo A.
A seleção
brasileira mostrou que realmente não veio para brincar e logo de cara deu
trabalho para o goleiro Tsuzuki. O trio Leandro Amaral, Ramon e Washington
infernizou a zaga japonesa que contava com o atrapalhado Uemura e Naoki
Matsuda.
Yasuhiro Hato voa mas não atinge o alvo. Apesar do 0x0 o jogo foi eletrizante e com várias chances de gol. (foto: fifa.com) |
A seleção
canarinho atacou 10 vezes na primeira etapa. Mas a muralha chamada Tsuzuki em
uma noite mágica fechou o gol e não deixou nada passar.
A noite era de
Hidetoshi Nakata. O meia estava inspirado e voou na partida. Foi considerado o
melhor em campo.
Um pena que
seus compatriotas estavam abaixo da média, talvez pela situação tranqüila da
equipe.
Nenhum dos
japoneses acompanhou o ritmo de Hide e desperdiçaram todas as chances e jogadas
que ele criou. Tanto que Nakata saiu visivelmente irritado de campo no
intervalo.
Hidetoshi Nakata foi eleito o melhor em campo. Uma pena toda a equipe não ter acompanhado seu ritmo. (foto: fifa.com) |
Na etapa final
o Brasil continuou na pressão, mas a falta de pontaria de Washington e Leandro
Amaral contribuiu para o duelo ficar mesmo no 0x0.
As entradas de
Morishima e Nakayama melhoraram o nível técnico do Japão. Mas não foi o
suficiente para alterar o placar.
O segundo tempo
foi muito menos movimentado e mais chato do que o primeiro. O Japão estava
visivelmente contente com o resultado e pouco produzia. Já o Brasil o que
atrapalhou foi mesmo o pé torto.
No soar dos
sinos da meia-noite Hattori tentou
surpreender Dida por cobertura, mas o goleiro se esticou todo e não deixou a
bola entrar.
No fim das
contas o resultado foi muito mais lucrativo ao Japão. Além de ter empatado
pela primeira vez diante do Brasil, com o resultado a equipe enfrentaria a
Austrália na semifinal e posteriormente perderia a grande final contra os
franceses.
Já os
brasileiros perderam na semifinal e não só o país deu adeus como também o
treinador Emerson Leão, dando o cargo para Luís Felipe Scolari posteriormente.
A seleção japonesa foi a menos vazada da competição. Tomou apenas um gol. Justamente o da derrota na grande final. Apesar da derrota, foi eleita com campeã simbólico, desenvolveu um alto nível de jogo e mostrou ao mundo que já não era mais a seleção fraca e saco de pancadas de antigamente.