terça-feira, 21 de maio de 2013

Duelos históricos da Copa das Confederações - Parte 1: Japão 0x0 Brasil - 04/06/2001



O jogo entre Brasil e Japão válido pela Copa das Confederações acontecerá em menos de um mês. O Duelo ocorrerá no moderníssimo (e superfaturadíssimo, roubadíssimo) Estádio Mané Garrincha em Brasília.
Mas esta não é a primeira vez que Brasil e Japão se defrontam na competição.
Dois grandes duelos já marcaram em toda a história do torneio: O 0x0 em 2001 na cidade de Ibaraki no Japão e em Colônia na Alemanha as equipes ficaram em 2x2.

Você leitor ficará sabendo da história do primeiro confronto agora!
Aguardem pelo post da segunda partida em breve!


O Japão entrou em campo precisando apenas de um empate para terminar como líder do Grupo B (foto:fifa.com)

No dia 4 de junho de 2001 entraram em campo na cidade de Kashima Japão e Brasil.
Foi a primeira vez que Brasil e Japão duelaram em uma competição oficial da FIFA.
Antes, só haviam jogado amistosos e o Japão perdeu todos.
O palco não poderia ser mais ideal. Simplesmente o Kashima Soccer Stadium.
Gramado consagrado e que mostra toda a união entre o futebol japonês e brasileiro.
Ídolos como Zico, Bismarck, Alcindo, Jorginho, Leonardo e muitos outros já foram “da casa”.

As equipes vinham de situação semelhante para entrar em campo.
A seleção japonesa entrou “de cuca fresca” no confronto. Já classificada e com duas vitórias na bagagem (2x0 contra Camarões e 3x0 no Canadá), o técnico Troussier escalou um time misto para dar oportunidade aos atletas que ainda não haviam tido chance de atuar no torneio.
O mesmo ocorreu com a seleção brasileira, mas o técnico Emerson  Leão não quis saber de brincadeira. Botou a equipe titular para vencer e roubar a vaga de líder dos anfitriões no Grupo B. Já que na próxima fase quem ficasse em segundo colocado enfrentaria a atual campeã mundial França que terminou como líder no Grupo A.
Yasuhiro Hato voa mas não atinge o alvo. Apesar do 0x0 o jogo foi eletrizante e com várias chances de gol. (foto: fifa.com)
A seleção brasileira mostrou que realmente não veio para brincar e logo de cara deu trabalho para o goleiro Tsuzuki. O trio Leandro Amaral, Ramon e Washington infernizou a zaga japonesa que contava com o atrapalhado Uemura e Naoki Matsuda.
A seleção canarinho atacou 10 vezes na primeira etapa. Mas a muralha chamada Tsuzuki em uma noite mágica fechou o gol e não deixou nada passar.
A noite era de Hidetoshi Nakata. O meia estava inspirado e voou na partida. Foi considerado o melhor em campo.
Um pena que seus compatriotas estavam abaixo da média, talvez pela situação tranqüila da equipe.
Nenhum dos japoneses acompanhou o ritmo de Hide e desperdiçaram todas as chances e jogadas que ele criou. Tanto que Nakata saiu visivelmente irritado de campo no intervalo.
 
Hidetoshi Nakata foi eleito o melhor em campo. Uma pena toda a equipe não ter acompanhado seu ritmo. (foto: fifa.com)
Na etapa final o Brasil continuou na pressão, mas a falta de pontaria de Washington e Leandro Amaral contribuiu para o duelo ficar mesmo no 0x0.
As entradas de Morishima e Nakayama melhoraram o nível técnico do Japão. Mas não foi o suficiente para alterar o placar.
O segundo tempo foi muito menos movimentado e mais chato do que o primeiro. O Japão estava visivelmente contente com o resultado e pouco produzia. Já o Brasil o que atrapalhou foi mesmo o pé torto.
No soar dos sinos da meia-noite  Hattori tentou surpreender Dida por cobertura, mas o goleiro se esticou todo e não deixou a bola entrar.
 Apesar do confronto valer muito e ter sido pegado, o clima era de muita união. Zé Maria e Hide são velhos conhecidos e muito amigos. Foram companheiros de equipe no Perugia. (foto: reprodução da internet)
No fim das contas o resultado foi muito mais lucrativo ao Japão. Além de ter empatado pela primeira vez diante do Brasil, com o resultado a equipe enfrentaria a Austrália na semifinal e posteriormente perderia a grande final contra os franceses.
Já os brasileiros perderam na semifinal e não só o país deu adeus como também o treinador Emerson Leão, dando o cargo para Luís Felipe Scolari posteriormente.
A seleção japonesa foi a menos vazada da competição. Tomou apenas um gol. Justamente o da derrota na grande final. Apesar da derrota, foi eleita com campeã simbólico, desenvolveu um alto nível de jogo e mostrou ao mundo que já não era mais a seleção fraca e saco de pancadas de antigamente.