quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Especial: Japão 2x2 Brasil: 22/06/2005

Foi numa tarde ensolarada de 22 de Junho de 2005 em Colônia, Alemanha.
Dia em que aconteceu uma das maiores injustiças do futebol japonês, melhor, mundial.

Era o jogo decisivo entre Japão e Brasil pela terceira rodada da Copa das Confederações e quem perdesse estava eliminado.

O Brasil sob pressão precisava vencer a qualquer custo para avançar de fase. Já os Samurais estavam mais tranquilos, apenas defendiam a honra. Honra que foi manchada por um homem com más intenções, o excelentíssimo bandeirinha tunisiano, Tasoufik Adjengui.

Capitães ao centro do gramado (Foto by: Christof Koepsel/Getty Images)

Logo no começo do jogo, o Japão mostrou quem mandava na partida, com a defesa bem postada, desarmou os primeiros ataques brasileiros (foi assim o jogo todo praticamente), Miyamoto estava em um grande jogo, foi o chefão da zaga.

Aos seis minutos, em uma jogada rápida e de muita técnica, o time tabelou perfeitamente e Nakamura em um passe magistral, deixou Kaji livre e em POSIÇÃO LEGAL para marcar o primeiro gol do conflito. Pelo menos era para ser a lógica, MAS O SUPER BANDEIRINHA QUE ENTENDE DE FUTEBOL MAIS QUE NINGUÉM, anulou o gol que seria o da eliminação brasileira, o gol da humilhação.

Hide desarma contra ataque brasileiro com perfeição (Foto by: Lars Baron/Getty Images)

Se o duelo fosse entre Japão x Chipre (não desmerecendo o país europeu), o bandeira jamais teria levantado o instrumento (talvez depois do jogo, de satisfação ele tenha dado sumiço na bandeira naquele lugar mesmo que você pensa). Mas não, era o intocável Brasil!!

A anulação do gol foi um balde de água fria para os Samurais, mas apesar do fato, isso não abalou o espírito guerreiro do time.

Aos dez minutos, Robinho marcou para o Brasil, para aumentar a injustiça do ocorrido.

A forte marcação japonesa dificultou muito a vida do Brasil (Foto by: Toshifumi Kitamura/Getty Images)

O Brasil com o gol, começou a gostar mais do jogo, e foi para cima, mas a tarde mesmo era de Nakamura, o maestro aos vinte e sete minutos, viu o goleiro Marcos adiantado e marcou um golaço de cobertura.

O estádio foi abaixo e todos se encantaram com a magia do lindo gol do canhoto matador. Mas logo depois, Ronaldinho botou novamente o Brasil na frente.

Após isso, o Japão criou várias chances, mas a trave não ajudava, foi um festival de barulhinhos no poste brasileiro.

Uma das melhores atuações de Nakamura pela seleção, dando show marcou um golaço histórico em Marcos (Foto by: John MacDougall/Getty Images)

Mesmo com o resultado favorável, o Brasil estava perdido em campo, o Japão botou a seleção canarinho na roda, ditou o ritmo do jogo, atuação de gala, mas o gol não saía!

A zaga estava em um dia ótimo com poucos erros e desarmes perfeitos, o meio campo ligava bem ao ataque, mas de algum jeito bizarro, os gols não aconteciam.

A defesa fazia seu papel com perfeição, mas o gol não saía (Foto by: Stuart Franklin/Getty Images)

Quando o relógio se encaminhava para os quarenta e quatro minutos da etapa final, Nakata é derrubado na entrada da área, falta.

Nakamura ajeita com carinho, bate a falta e ela mais uma vez acerta a trave (para vocês verem que praga), mas o iluminado Oguro estava na hora certa e no lugar certo, e no maior estilo Sagat ele chuta bonito e empata o jogo. Mais uma vez o estádio foi à loucura, a vibração era linda, fora do comum.

Oguro na hora e no lugar certo empatou e diminuiu "um pouco" o prejuízo japonês (Foto by: Palph Orlowski/ Getty Images)

No último lance do jogo, Oguro mais uma vez apareceu na área e quase virou o marcador, porém, Marcos fez milagre e salvou o Brasil.

Oguro por pouco não vira o jogo, porém, o mais injusto aconteceu (Foto by: Marcus Brandt/Getty Images)

Quando o árbitro encerrou a partida, o sentimento de injustiça pairou no estádio alemão, mesmo com o empate, quem avançou foi o Brasil, graças um erro, a uma incompetência de um bandeira que jamais poderia ter entrado no quadro da FIFA.

Com certeza foi uma das maiores injustiças do futebol moderno, o Japão tinha elenco para ser campeão do torneio, ou pelo menos, repetir a façanha de 2001 quando foi finalista.

Os japoneses saíram de cabeça erguida e como heróis apesar de tudo, nobres samurais.

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