sexta-feira, 24 de maio de 2013

Duelos históricos da Copa das Confederações - Parte 2: Japão 2x2 Brasil - 22/06/2005


A Copa das Confederações está cada dia mais perto! E a aprtida entre Brasil e Japão está muito próxima
No começo da semana contamos a história do primeiro confronto ocorrido em 2001.
Agora contaremos a vocês sobre o grande duelo que ocorreu no ano de 2005 na Alemanha.
Lembrando que jamais houve um vencedor nestes confrontos em Copas das Confederações.

Fiquem agora com a Parte 2 dos grandes duelos que o Japão Promoveu:

No dia 22 de Junho na cidade de Colônia, na Alemanha. Entraram em campo Japão e Brasil pela terceira rodada da Copa das Confederações. O jogo valia muito, quem perdesse estaria eliminado.
A seleção brasileira tinha um recurso extra devido ao saldo de gols. A equipe campeã da Copa America poderia classificar-se com apenas um empate.

Japão e Brasil entraram em campo precisando da vitória. Quem perdesse daria adeus. (foto: getty images)
Preocupadíssimos com a situação, Zico e Carlos Alberto Parreira colocaram o melhor material humano possível em campo.
Zico escalou no time em um 4-4-2. Esquema que funcionou direitinho na vitória diante da Grécia. Parreira usou a mesma formação, mas com Ronaldinho e Kaká mais abertos pelos lados.
Lembrando que Zico diante do México entrou no 3-5-2, mas Chano fez o favor de afundar o esquema tático e dar muitas dores de cabeça ao treinador brasileiro.


Japão e Brasil fizeram um grande jogo (foto:fifa.com)

O jogo

Logo no começo da peleja, o Japão mostrou todo o talento e disciplina tática na partida. Com a defesa bem postada, desarmou os primeiros ataques brasileiros e foi assim o jogo todo praticamente. Miyamoto estava em um grande dia, teve uma atuação de gala ao lado de Makoto Tanaka.
O meio campo com o quarteto Fukunishi, Hide, Ogasawara e Nakamura fluía bem, apesar dos erros infantis de Ogasawara.

Yanagisawa por pouco não marca um belo gol de cabeça logo no começo do jogo (foto: reprodução da web)
Aos seis minutos, em uma jogada rápida e de muita técnica, os japoneses tabelou perfeitamente e Nakamura em um passe magistral, deixou Kaji livre e em POSIÇÃO LEGAL para marcar o primeiro gol do conflito. Mas o bandeirinha tunisiano Tasoufik Adjengu anulou o gol que seria o da eliminação brasileira, o gol que seria histórico.
Kaji, Nakata, Nakamura e Zico ficaram furiosos com o ocorrido.
O lance foi tão grotesco que até comentaristas e narradores brasileiros ficaram inconformados com tal erro.

A anulação do tento foi um balde de água fria para os Samurais, o time com o baque acabou se descuidando e Ronaldinho em uma bela jogada individual tocou para Robinho que abriu o placar para os brasileiros.
O Brasil com o gol começou a gostar mais do jogo, e foi para cima, mostrando o futebol envolvente e de muita troca de passes como é da escola.
Nakamura como em toda a copinha foi o nome do jogo. Foi eleito o melhor em campo e marcou um golaço (foto:fifa.com)
 A seleção japonesa aos 21 minutos recobrou os sentidos e voltou ao jogo.
Mas o grande problema japonês era o ataque. Tamada  estava completamente anulado e não produzia nada e Yanagisawa desperdiçando chances atrás de chances na busca do empate. O camisa 13 acertou duas vezes a trave do goleiro Marcos.
 Mas a tarde mesmo era de Nakamura, o maestro aos vinte e sete minutos, em outra jogada de gênio, viu o goleiro adiantado e marcou um golaço de cobertura.
Para delírio dos 44 mil espectadores em Colônia.

Nakamura marca golaço e mais uma vez deixa o nome gravado no torneio (foto: fifa.com)
Com o empate a partida pegou fogo, as equipes buscavam o ataque o tempo todo e não queriam saber de jogar no erro do adversário. Era lá e cá o bombardeio nas defesas.
Mas o Japão se empolgou e expôs muito a defesa, jogou muito aberto.
Foi quando Ronaldinho percebeu a falha e marcou o segundo gol brasileiro aos 35 da etapa inicial.

A forte marcação não deixava o Brasil dominar o jogo. defensivamente o Japão foi espetacular. (foto: fifa.com)
A reação brasileira parou por aí, Miyamoto e Tanaka novamente fecharam a defesa e nada mais passou.
Mas Ogsawara, Yanagisawa e Tamada estavam mal na partida, desperdiçando bons ataques e oportunidades.

Segundo tempo

No intervalo Zico tirou Ogasawara e Tamada e botou no gramado Nakata Koji e Oguro.
As mudanças de cara surtiram efeito. Oguro botou mais velocidade no ataque e Koji deu mais posse de bola à equipe. Apesar de ter melhorado, o Japão ainda desperdiçava muitas chances com Yanagisawa e quando acertava o gol, Marcos fazia milagre.
A zaga estava em um dia ótimo com poucos erros e desarmes perfeitos, o meio campo ligava bem ao ataque, mas de algum jeito bizarro, os gols não aconteciam.
Kawaguchi também estava tinindo, muito seguro e fazia defesas espetaculares.
Antes dos 30 minutos, Zico botou Suzuki em campo no lugar de Yanagisawa, mas o atacante cabeludo pouco fez.
O Japão atacava o tempo todo, mas nada de gols! (foto:fifa.com)
 Quando o relógio marcava quarenta e três minutos, Nakata é derrubado na entrada da área, quase na meia lua. Nakamura ajeita com carinho, cobra com maestria e acerta a trave  para o azar da seleção Nipônica. Mas Oguro estava na hora certa e no lugar certo, e em um voleio bonito empata a partida.

Oguro acerta um belo voleio e empata a peleja (foto:fifa.com)

No último lance do jogo, Oguro mais uma vez apareceu na área e quase virou o marcador obrigando Marcos a fazer milagre e logo após o lance o árbitro encerrou a partida.
Este com toda a certeza foi um dos melhores duelos da história do torneio.
Poderia ter sido mais bonito senão fosse o grande descuido do bandeirinha tunisiano, Tasoufik Adjengu.
Mas o Japão continuou invicto diante do Brasil, mesmo eliminado da copinha.

Apesar da eliminação o Japão saiu de cabeça erguida  lutando até o fim. (foto: fifa.com)
Ainda não acabou pessoal!
Você leitor do blog Futebol Nippon ficará pro dentro de todas as histórias e curiosidades envolvendo a seleção japonesa na competição.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Duelos históricos da Copa das Confederações - Parte 1: Japão 0x0 Brasil - 04/06/2001



O jogo entre Brasil e Japão válido pela Copa das Confederações acontecerá em menos de um mês. O Duelo ocorrerá no moderníssimo (e superfaturadíssimo, roubadíssimo) Estádio Mané Garrincha em Brasília.
Mas esta não é a primeira vez que Brasil e Japão se defrontam na competição.
Dois grandes duelos já marcaram em toda a história do torneio: O 0x0 em 2001 na cidade de Ibaraki no Japão e em Colônia na Alemanha as equipes ficaram em 2x2.

Você leitor ficará sabendo da história do primeiro confronto agora!
Aguardem pelo post da segunda partida em breve!


O Japão entrou em campo precisando apenas de um empate para terminar como líder do Grupo B (foto:fifa.com)

No dia 4 de junho de 2001 entraram em campo na cidade de Kashima Japão e Brasil.
Foi a primeira vez que Brasil e Japão duelaram em uma competição oficial da FIFA.
Antes, só haviam jogado amistosos e o Japão perdeu todos.
O palco não poderia ser mais ideal. Simplesmente o Kashima Soccer Stadium.
Gramado consagrado e que mostra toda a união entre o futebol japonês e brasileiro.
Ídolos como Zico, Bismarck, Alcindo, Jorginho, Leonardo e muitos outros já foram “da casa”.

As equipes vinham de situação semelhante para entrar em campo.
A seleção japonesa entrou “de cuca fresca” no confronto. Já classificada e com duas vitórias na bagagem (2x0 contra Camarões e 3x0 no Canadá), o técnico Troussier escalou um time misto para dar oportunidade aos atletas que ainda não haviam tido chance de atuar no torneio.
O mesmo ocorreu com a seleção brasileira, mas o técnico Emerson  Leão não quis saber de brincadeira. Botou a equipe titular para vencer e roubar a vaga de líder dos anfitriões no Grupo B. Já que na próxima fase quem ficasse em segundo colocado enfrentaria a atual campeã mundial França que terminou como líder no Grupo A.
Yasuhiro Hato voa mas não atinge o alvo. Apesar do 0x0 o jogo foi eletrizante e com várias chances de gol. (foto: fifa.com)
A seleção brasileira mostrou que realmente não veio para brincar e logo de cara deu trabalho para o goleiro Tsuzuki. O trio Leandro Amaral, Ramon e Washington infernizou a zaga japonesa que contava com o atrapalhado Uemura e Naoki Matsuda.
A seleção canarinho atacou 10 vezes na primeira etapa. Mas a muralha chamada Tsuzuki em uma noite mágica fechou o gol e não deixou nada passar.
A noite era de Hidetoshi Nakata. O meia estava inspirado e voou na partida. Foi considerado o melhor em campo.
Um pena que seus compatriotas estavam abaixo da média, talvez pela situação tranqüila da equipe.
Nenhum dos japoneses acompanhou o ritmo de Hide e desperdiçaram todas as chances e jogadas que ele criou. Tanto que Nakata saiu visivelmente irritado de campo no intervalo.
 
Hidetoshi Nakata foi eleito o melhor em campo. Uma pena toda a equipe não ter acompanhado seu ritmo. (foto: fifa.com)
Na etapa final o Brasil continuou na pressão, mas a falta de pontaria de Washington e Leandro Amaral contribuiu para o duelo ficar mesmo no 0x0.
As entradas de Morishima e Nakayama melhoraram o nível técnico do Japão. Mas não foi o suficiente para alterar o placar.
O segundo tempo foi muito menos movimentado e mais chato do que o primeiro. O Japão estava visivelmente contente com o resultado e pouco produzia. Já o Brasil o que atrapalhou foi mesmo o pé torto.
No soar dos sinos da meia-noite  Hattori tentou surpreender Dida por cobertura, mas o goleiro se esticou todo e não deixou a bola entrar.
 Apesar do confronto valer muito e ter sido pegado, o clima era de muita união. Zé Maria e Hide são velhos conhecidos e muito amigos. Foram companheiros de equipe no Perugia. (foto: reprodução da internet)
No fim das contas o resultado foi muito mais lucrativo ao Japão. Além de ter empatado pela primeira vez diante do Brasil, com o resultado a equipe enfrentaria a Austrália na semifinal e posteriormente perderia a grande final contra os franceses.
Já os brasileiros perderam na semifinal e não só o país deu adeus como também o treinador Emerson Leão, dando o cargo para Luís Felipe Scolari posteriormente.
A seleção japonesa foi a menos vazada da competição. Tomou apenas um gol. Justamente o da derrota na grande final. Apesar da derrota, foi eleita com campeã simbólico, desenvolveu um alto nível de jogo e mostrou ao mundo que já não era mais a seleção fraca e saco de pancadas de antigamente. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O guia das confederações



A Copa das Confederações já está quase aí! Em pouco mais de um mês o torneio chegará ao Brasil e agitará o país.
O Japão não está fora dessa. Confira aqui o guia completo da seleção japonesa em toda a história do torneio e saiba aqui também as curiosidades mais legais e interessantes da equipe do sol nascente.

Lembrando que o Japão está no Grupo A ao lado de Brasil, México e Itália.
A equipe jogará em Brasília, Recife e Belo Horizonte.

Se você leitor souber de mais alguma curiosidade ou achou que faltou algo. Colabore com a nossa equipe.
Juntos montamos uma grande equipe.

Em 2001 mesmo sem Hide Nakata a seleção bateu de frente contra a França na final inédita. Mas por culpa de muitos erros individuais e descuidos da defesa, o Japão acabou perdendo a finalíssima (foto: fifa.com)
O Japão já participou de cinco edições (contando a atual):
1995,2001,2003,2005 e 2013

A seleção japonesa em toda a história da competição teve seis capitães diferentes (contando Hasebe como o atual).
1995: Ihara, 2001: Hattori, Hide e Kawaguchi, 2003: Nakata, 2005: Miyamoto e 2013: Hasebe
O Curioso foi no ano de 2001 em que a seleção teve três capitães diferentes no decorrer da competição.

O primeiro gol marcado pelos japoneses na competição veio dos pés de  King Kazuyoshi Miura em 1995 na goleada sofrida por 5x1 diante da Argentina.
O último foi anotado por Masashi Oguro no empate de 2x2 diante do Brasil em 2005.

O primeiro jogador japonês a levar cartão amarelo em uma Copa das Confederações foi Satoshi Tsunami. O zagueiro foi punido logo no primeiro minuto do primeiro jogo após discutir com o nigeriano Amuneke.

Mais uma vez Nakamura foi o grande nome do Japão na Copinha. Em 2005 foi o melhor jogador na vitória diante da Grécia (foto) e arrebentou também contra o Brasil. (foto: fifa.com)
Satoshi Tsunami foi o primeiro também a ser suspenso da competição. No segundo jogo ele tomou outro cartão amarelo e cumpriria a automática caso o Japão passasse de fase.

Em toda a história da competição, a seleção japonesa anotou 15 gols. O mesmo número de tentos sofridos.

A seleção japonesa venceu ao total cinco jogos, perdeu seis e empatou dois na Copa das Confederações.

Em 2001, o Japão tomou apenas um gol em todo o torneio. Justamente na final em que acabou perdendo para a França. A equipe estava invicta até então

Japão e Brasil já se enfrentaram em duas ocasiões. Nas duas oportunidades houve dois empates. Será que teremos um vencedor em 2013? (foto: Tomikoshi)
Em toda a história do torneio, o adversário que o Japão mais enfrentou é justamente a seleção brasileira. As equipes se defrontaram duas vezes. Na primeira, um empate em 0x0 no ano de 2001. Na segunda vez, outra igualdade: 2x2 foi o placar final.

Já contra o México a seleção jogou apenas uma vez. Yanagisawa chegou abrir o placar, mas os mexicanos acabaram virando na etapa final e venceram por 2x1.

O Japão nunca enfrentou a Itália na Copa das Confederações.

O Japão avançou de fase apenas uma vez em quatro oportunidades. Na ocasião (em 2001), a equipe chegou até a final e acabou perdendo para a França.

Senão fosse por um erro infantil do auxiliar Taoufik Adjengui da Tunísia, o Japão teria vencido a seleção brasileira por 3x2 e teria conseguido avançar à próxima fase do torneio.
O mundo inteiro viu a posição legal do lateral direito Akira Kaji na hora do gol, menos Taoufik, que de certo estava em outro mundo ou comendo paçoca na hora do lance.
O erro beneficiou em muito o Brasil que acabou sendo o campeão da Copinha.

King Kazu foi o primeiro japonês a marcar gol na Copa das Confederações  em 1995 (foto: repodução da internet)
A maior goleada anotada pelo Japão aconteceu em 2003 diante da Nova Zelândia: 3x0 com dois gols de Nakamura e um de Nakata.

Já a maior goleada sofrida foi em 1995 quando em um show de Batistuta, os japoneses foram massacrados por 5x1 diante da Argentina.

O maior artilheiro japonês na Copa das Confederações é Shunsuke Nakamura com 4 gols. Três marcados em 2003 e um em 2005.

O goleiro menos vazado de toda a história foi Yoshikatsu Kawaguchi. No ano de 2001 ele tomou apenas um gol. Em compensação foi O gol, o maior frango em uma falha grotesca e inexplicável.
Lembrando que Ryota Tsuzuki também jogou uma vez em 2001. Mas o jogo contra o Brasil terminou em 0x0.

Alex Santos foi o jogador que mais tomou cartões amarelos. O lateral esquerdo levou dois em 2003 e mais um em 2005.

O grande nome da seleção no torneio em 2003 foi Nakamura. O meia foi destaque nas três partidas do Japão em solo francês. Inclusive marcando golaços. (foto: jfa.or.jp)
Somente no ano de 1995 a seleção japonesa era composta apenas por atletas que atuavam no Japão. Nas outras datas, o futebol japonês já tinha evoluído bastante e vários atletas já atuavam no futebol europeu.

Por duas vezes seguidas Shunsuke Nakamura ficou com prêmio de gol mais bonito da competição. Em 2003 após marcar um golaço de falta contra a França e em 2005 quando marcou um golaço de fora da área contra o Brasil.

Quem mais atuou com a camisa do Japão no torneio foi a lenda Hidetoshi Nakata.
O meia esteve em campo 10 vezes. Quatro em 2001, três em 2003 e mais três em 2005.
 O grande azar de Hide foi que em 2001 ele se machucou na semifinal contra a Austrália e ficou de fora do último e decisivo jogo.

Nunca o Japão jogou a prorrogação ou pênaltis no torneio.

Nunca o Japão venceu uma equipe da América do Sul. Ganhou  de esquadras da Europa, África, Oceania e América do Norte.

O Japão já enfrentou seleções de todas as confederações. Exceto a Ásia.
Poderia ter enfrentado A Coréia do Sul que era co-sede em 2001. Mas os sul-coreanos decepcionaram e foram eliminados ainda na primeira fase.

Japão e México já se enfrentaram no Torneio em 2005. Os muchachos acabaram vencendo de virada por 2x1. (foto: AFP)
Apenas um técnico japonês treinou a seleção no torneio.
O esquentadinho Shu Kamo em 1995.
Nas outras ocasiões, o francês Troussier treinou a equipe em 2001 e Zico comandou o Japão em 2003 e 2005.

Zico foi o treinador que mais figurou na equipe. Treinou o time em 2003 e 2005.
Coincidentemente em nenhuma das ocasiões a equipe passou da fase de frupos.

A ironia falou mais alto em 2001. Com um time mais fraco e de muitos testes. O Japão conseguiu chegar até a final e ser vice. Já em 1995, 2003 e 2005 com o time completo e principal, sequer passou de fase.

Esta será a primeira vez em que a seleção japonesa principal jogará em solo brasileiro.

O jogador mais velho a atuar pela seleção japonesa foi o meia Ruy Ramos. O camisa 10 jogou em 1995 com 38 anos.

O mais novo a jogar foi o atacante Yoshito Okubo em 2003 com 21 anos.

Nakamura marca um golaço e mais uma vez escreve o nome na história do futebol mundial. O gol foi eleito o mais bonito da Copinha em 2005. (foto: fifa.com)
Apesar de não figurar entre as principais seleções mundiais, o Japão tem uma das maiores médias de público da história da competição - 16 mil espectadores por partida.

Da equipe atual, apenas Yasuhito Endo já disputou jogos nas Confederações.
Endo jogou em 2003 e no ano de 2005 ficou apenas no banco de reservas.

Hide Nakata, Koji Nakata, Kawaguchi, Inamoto e Narazaki foram os jogadores mais convocados para a competição. Os atletas foram chamados três vezes (2001,2003 e 2005).

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Podcast's do programa "Planeta Futebol + Ásia Total" voltam a ser disponibilizados!

É isso mesmo! O programa "Planeta Futebol + Ásia Total", promovido pela equipe do blog Futebol Nippon, em parceria com os sites Mídia Soccer e Futebol Plus, volta a ter os podcast's disponíveis após um longo período. A iniciativa ocorre devido aos vários pedidos dos telespectadores que não podem acompanhar o programa ao vivo, e agora, voltamos a disponibilizar o podcast para essas pessoas e, também, para quem quiser ouvir/ver o programa novamente, na hora que quiser, ou até mesmo, baixá-lo. Estamos disponibilizando o podcast por meio do canal da Mídia Soccer no youtube: http://www.youtube.com/user/canalmidiasoccer?feature=results_main No canal, você poderá encontrar os podcast's já disponibilizados e, também, poderá acompanhar, diariamente, os novos, já que logo após o programa ao vivo, já estaremos postando e disponibilizando o podcast no canal da MS no youtube. Fazemos isso por você, que está sempre ao nosso lado, nos apoiando e ajudando o programa a crescer! A audiência e participação está enorme e agradecemos muito pelo carinho e participação, pois são vocês que nos fazem lutar, sonhar e tentar fazer o programa melhorar cada vez mais! Nosso muito obrigado! E lembramos que continuaremos com o programa ao vivo, no horário habitual: Segundas, terças e quartas, às 14h15; e quintas e sextas às 17h15. Lembrando que você pode conferir a programação - não só do programa, mas também de jogos ao vivo e especiais - no site, onde poderá ver quando o programa será num horário diferente e porque, por meio do link: http://www.midiasoccer.com/p/programacao_12.html E também lembramos que continuamos com a transmissão ao vivo de jogos da seleção japonesa e também de um jogo por rodada da J-League, que você também poderá conferir na tela da TV Mídia Soccer, como é com o "Planeta Futebol + Ásia Total". Amanhã, sábado, por exemplo, o jogo que iremos transmitir ao vivo será Cerezo Osaka x Kashima Antlers, às 7h. Um grande abraço, e, de novo, nosso muito obrigado. Equipe Futebol Nippon, Mídia Soccer e Futebol Plus

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Especial 10 anos: Japão faz história

No dia 14 de junho, o Japão entra em campo diante da Tunísia para fazer o último e decisivo jogo do grupo H.
A seleção japonesa estava invicta e muito mais tranquila de que o adversário, até mesmo uma derrota classificava a equipe à segunda fase.
Já a Tunísia, precisava desesperadamente vencer para manter o sonho da classificação.
Jogadores fazem a festa após uma primeira fase impecável (foto by Tomikoshi)

Troussier escalou um time bem ofensivo para o duelo, com Suzuki e Yanagisawa no ataque, Ono e Nakata  pelas alas.
Myojin e Inamoto de médios centrais com Kazuyuki Toda como um porteiro por assim dizer da defesa japonesa, uma espécia de  meia bem recuado, literalmente para acabar com a palhaçada (e foi o que ele fez, foi a melhor partida do Ultraman no mundial, muito mais do que contra a Rússia).
A zaga foi a mesma, o trio Nakata Kouji, Miyamoto e Matsuda.

Os tunisianos vieram de forma mais cautelosa, apenas o craque Ziad Jaziri como homem de frente municiado por Ben Schour, Ghodhbane e Bouazizi.
A estrela do time Trabelsi comandava o sistema defensivo.
Hide mais uma vez fez a diferença, marcou um belo gol e foi o nome da partida. O coração da equipe foi o responsável por quase todas as jogadas da seleção no duelo. Um gênio. (foto by gettyimages/afp)

Como de costume, nada de gols na etapa inicial, no mundial todo o Japão deixou o melhor para o segundo tempo. Não por falta de competência, mas caprichosamente sempre um detalhe acabava atrapalhando.
Este é um fato muito curioso mesmo, em toda a primeira fase o Japão não fez ou não tomou gols.

Vendo que o esquema não surtia efeito, Troussier botou Ichikawa e Morishima no jogo e sacou  Yanagisawa e Inamoto que estavam mal e não produziram nada.
Em compensação, logo de cara o Japão marcou um gol no segundo tempo. Eram dois minutos jogados quando Nakata carregou a bola pelo lado direito e viu Suzuki na área, o zagueiro corta de um jeito medonho e a bola sobra para Hiroaki Morishima fuzilar para o gol.
Com o resultado, além de encerrar de forma invicta a primeira fase, o Japão terminaria na liderança do grupo, algo que nem mesmo os japoneses imaginaram antes da competição.
Morsishima foi fundamental na vitória, além de marcar um gol, criou boas jogadas e fez uma boa dupla com Hide no meio campo (acervo pessoal)

Só após ter tomada o gol, a Tunísia resolveu ir para cima e jogar bola, antes disso o time fez um primeiro tempo de dormir e começou a etapa final da mesma forma.
Eis que surge "o cara", em cada investida de Trabelsi, Ben Achour e Jaziri, Kazuyuki Toda crescia e desarmava todos os lances.
Toda jogou demais, foi o grande responsável por neutralizar o ataque da Tunísia, foi um xerifão e impecável na partida. Os jogadores tunisianos até reclamavam dele, mas Toda com toda sua "delicadeza" botava moral e intimava seus adversários. Dá-lhe Ultraman!
Toda encarando Trabelsi e acabando com a palhaçada! (acervo pessoal)

Aos 30 minutos, Daisuke Ichikawa que entrou na etapa final faz uma bela jogada mais uma vez pelo lado direito cruza e Hide Nakata manda para o gol com um forte cabeceio. A festa estava completa!
Pela pirimeira vez o Japão avança de fase em uma Copa do Mundo e ganha com dois gols de diferença uma partida. O melhor de tudo, como campeão do grupo. Campanha impecável.

Após o apito final, a alegria que começou no campo se espalha por todo o país, numa festa jamais vista pelo futebol, um dos momentos mais lindos que o esporte proporcionou no país.
A seleção em menos de 10 anos de muito investimento e treinamento já havia disputado duas copas e acabara de ir às oitavas de final.
O Japão chegou lá! E chegou jogando muita bola! Não como certos países que no apito e na falcatrua "bateu records e venceu" as partidas.
A muralha azul gritou do início ao fim, os guerreiros nas arquibancadas fizeram toda a diferença (acervo pessoal)

Pena mesmo  a festa ter durado apenas 4 dias, no dia 18 de Junho o Japão foi derrotado pela Turquia e deu adeus para o Mundial, mas de cabeça erguida! Mostrou para o mundo que tem time para dar medo e qualquer um e que pode bater de frente com todos! Aliás, o passar dos anos deu a resposta.
Em 2006 o resultado não foi bom, mas 2010 o mundo voltou a temer os japoneses.
Obrigado por 2002 Japão!
Fica aqui a homenagem ao grande Naoki Matsuda. Eterno em nossos corações.
Ele fez muita diferença no mundial, foi um verdadeiro guerreiro.Obrigado por tudo Matsuda san!
Lendas nunca morrem, com toda a certeza você e seus espírito de vencedor nos da inspirarão na vida, principalmente nos momentos mais difíceis, sabemos que você estará lá nos ajudando, grande Matsuda!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Especial 10 anos: A primeira vez é inesquecível

No dia 9 de junho de 2002, Japão e Rússia protagonizaram mais um grande jogo na Copa do Mundo.
Protagonizaram no plural mesmo, pelo motivo de ambos terem feito uma grande partida, um duelo de gente grande.

Onze  samurais apoiados por 70 mil guerreiros no estádio de Yokohama (acervo pessoal)

A Rússia apesar do esquema cauteloso com apenas um atacante, estava muito bem municiada no meio-campo com os experientes Karpin, Smertin e Tytov, e com o jovem talentoso Izmailov. .Um meio-campo de dar medo em qualquer equipe. Além de contar com a empolgação da vitória sobre a Tunísia pelo placar de 2x0 na primeira rodada.
Porém, o Japão tinha armas para bater de frente com o paredão russo:
Inamoto, Nakata, Ono e Toda estavam preparados para o duelo em Yokohama.
Kazuyuki Toda, único meia defensivo do Japão na partida teve atuação memorável e segurou os russos com muita raça, disposição e entrega total. Um verdadeiro samurai dentro de campo (acervo pessoal)

As equipes vinham embaladas e com gana de vencer, o Japão queria fazer bonito em casa e também buscava a primeira vitória no mundial, já os europeus, mais um triunfo que praticamente os daria a classificação (a vitória garantiria pelo menos o segundo lugar da chave).

O primeiro tempo como de costume, foi muito bem estudado pelas equipes, com poucos arremates e tentativas ofensivas.
Matsuda, Koji Nakata  e Miyamoto, que entrou no lugar de Morioka, lesionado, compunham a defesa do Japão que foi impecável na primeira etapa.
O ataque bateu um pouco de cabeça com a dupla Yanagisawa e Suzuki.
Outra surpresa foi a entrada de Myojin no meio-campo, que fez um grande jogo.


Mas ao contrário da primeira, a etapa final foi eletrizante desde o início,  e o Japão impôs velocidade e começou a pressionar os russos, tática quase que instantaneamente deu resultado.
Toda (Ultraman haha) rolou a bola para Ono(sempre ele) na ala esquerda, que achou Yanagisawa na área, e o atacante, num passe magistral de primeira, quebrou todo o cinturão defensivo da Rússia e deixou Inamoto sozinho com o goleiro para marcar seu segundo gol no Mundial e o da vitória do Japão.
A festa foi enorme, o estádio de Yokohama tremeu.
Inamoto foi o grande nome japonês do Mundial de 2002 e artilheiro da equipe com dois gols (acervo pessoal)

Após o gol, tudo indicava que o Japão se retrairia e seguraria a vantagem, coisa que não aconteceu.
Os Samurais continuaram indo para cima, mas os russos não facilitaram e bloqueavam quase todas as tentativas ofensivas dos japoneses.
O técnico Troussier, vendo isso, tirou Suzuki, que estava muito cansado e colocou a lenda do futebol japonês, Gon Nakayama, aos 27 minutos do 2º tempo.
O veteraníssimo avançado foi o único atleta a marcar um gol na primeira Copa disputada pelo Japão (1998) e mais uma vez teria a chance de escrever seu nome na história.
Infelizmente, para Gon, isso não aconteceu.
Festa dos japoneses, jogaram muito bem e fizeram por merecer (Foto: Tomikoshi)

A partida acabou 1x0 e o Japão mais uma vez realizou um grande feito, conquistando a primeira vitória em uma Copa do Mundo, melhor ainda, em casa diante de 70 mil pessoas que vibraram freneticamente com a vitória.
Melhor ainda, como Tunísia e Bélgica empataram, o Japão dormiu como o grande líder do Grupo H.
A noite foi perfeita para os japoneses.


Japão líder do grupo,quem imaginou isso antes da Copa começar? (acervo pessoal)

O duelo contra a Tunísia na última rodada definiria de vez quem escaparia  do temido Brasil, líder do grupo C e já garantido como primeiro de seu grupo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Especial 10 anos: Japão 2x2 Bélgica

Caros amigos, como o tempo voa!
Nem parece que se passaram dez anos do primeiro ponto conquistado pelo Japão em Copas do Mundo.
O empate em 2x2 (poderia até ter sido uma vitória, mas o cruel destino caprichou nessa) foi emocionante do começo ao fim.

Seleção enfileirada diante da muralha japonesa (acervo pessoal)

O Japão tinha o peso do mundo nas costas na estreia, afinal, era o país sede e uma derrota logo de cara poderia prejudicar e muito o planejamento para o Mundial.
Troussier, pensando nisso, resolveu iniciar o jogo com uma escalação mais defensiva, com Morioka, Matsuda e Koji Nakata bem centralizados na defesa e com Inamoto e Toda de volantes.

Pensando em contra-ataques velozes, o francês escalou Ichikawa e Ono pelas alas, deixando Nakata centralizado para criar as jogadas de ataque e municiar Suzuki e Yanagisawa que eram os homens de frente.
A Bélgica também pensando em não perder, escalou um 4-5-1 fechadíssimo e também com a estratégia de jogar no erro do adversário.
O resultado disso foi um 0x0 muito truncado e até um pouco chato no primeiro tempo. Era visível o nervosismo  e o medo das equipes.


Veio o segundo tempo e os dois times mudaram completamente suas atitudes na partida.
Aos 10 minutos, em um apagão da defesa japonesa, o meia belga, capitão  e craque da seleção, Wilmots, em uma bicicleta estilosa botou os europeus na frente.
Mas a vantagem não durou muito: dois minutos depois, Ono em um lançamento preciso de trás da linha do meio campo botou Suzuki na cara do gol, e o atacante, de biquinho, empatou a partida para delírio dos 55 mil japoneses presentes no Saitama Stadium.
Suzuki comemora o empate japonês, era só o começo da alegria (Foto: Fifa.com)

 Com  o empate, Troussier resolveu explorar mais os contra-ataques: tirou Suzuki e colocou o meia ofensivo Hiroaki Morishima, para rodar mais a bola e dar velocidade no meio campo, e tirou Ono e botou Alex Santos.
O resultado foi imediato, Inamoto rouba a bola da defesa, toca para e Yanagisawa e ele volta para Inamoto, que faz fila  e chuta com força para a virada japonesa.
O delírio foi total, o estádio tremia de alegria e vibração!
Yanagisawa delira e corre para a galera em uma das comemorações mais épicas de todas as Copas (acervo pessoal)

O Japão depois do gol começou a abusar de chances perdidas e toque errados, e como diz aquele velho ditado: "Quem não faz, toma!"
Foi o que aconteceu, aos 30 minutos, Wilmots com toda sua genialidade, mandou um lançamento espetacular enganando todo o sistema defensivo japonês, e van Der Heyden sem dificuldade alguma, igualou o marcador.

O Japão poderia ter saído vencedor, merecia a vitória, mas o primeiro ponto marcado pela seleção em Copas do Mundo foi um momento mágico e inesquecível para a história do futebol no país.
Sem contar a bravura dos belgas, que deram combate aos japoneses e fizeram o espetáculo muito mais bonito com um jogo de entrega e dedicação.
Com toda a certeza foi UM GRANDE DUELO DO FUTEBOL MUNDIAL.

Camisa matchworn utilizada na partida (coleção pessoal)