quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Kashima Antlers e Urawa Red Diamonds vão decidir a Copa Nabisco

Kashima e Urawa vão decidir o título da Copa Nabisco (Foto: J-League Photos)

No último fim de semana aconteceram as Semifinais da Yamazaki Nabisco Cup, a Copa Nabisco, ou ainda, caso prefira, a Copa da Liga do Japão. Zebra é um termo muito forte, mas que foram surpresas as vitórias de Kashima Antlers e Urawa Red Diamonds sobre Nagoya Grampus e Gamba Osaka, respectivamente, isso foram. Os 4 clubes são dos mais tradicionais do Japão, e os dois jogos são clássicos do futebol japonês, no entanto, Gamba e Nagoya brigam pelo título da J-League, e têm dois dos melhores times do país, enquanto o Kashima embora tenha um bom time, não faz boa temporada, e os Reds, têm muitos jovens de grande talento e potencial, e que vem se tornando realidade, mas vem em uma temporada decepcionante, ameaçado pelo rebaixamento na J-League e com um time inconstante. Por estes motivos, as vitórias de Kashima e Urawa e a classificação dos dois times à final da Nabisco Cup, são de certa forma, surpresas, porém, isso não tira o brilho da final, que promete ser um grande jogo, entre dois dos times mais tradicionais do país, que tem boas equipes, embora ambas não estejam em seus melhores momentos. Fato curioso é que os dois jogos foram bem parecidos: Devido aos jogos da seleção japonesa, os times (principalmente Gamba e Urawa) tinham desfalques de peso, as duas partidas tiveram o mesmo placar: 2x1, e jovens estrelas decidiram os jogos. Vale destacar ainda, que a Nabisco pode ser a salvação de Urawa e Kashima, que não brigam pelo título da J-League, nem por uma das vagas na ACL e ainda não sabem no que pode render a Emperor, fora que no caso do Kashima, o clube ainda foi eliminado precocemente da ACL, logo, a Nabisco pode ser o único título dos dois times no ano. Outro ponto interessante é que esta final da Nabisco será a terceira e o tira-teima entre os times, que já decidiram duas vezes o torneio, com uma vitória para cada lado.

Confira agora, o que aconteceu de melhor nas Semifinais da Copa Nabisco:

Umesaki foi o destaque da vitória dos Reds (Foto: J-League Photos)

Com desfalques de peso dos dois lados: O gênio, Yasuhito Endo, pelo lado do Gamba Osaka; e a jovem estrela, Genki Haraguchi, pelo lado dos Reds; ambos com a seleção japonesa, Urawa Red Diamonds e Gamba Osaka fizeram mesmo sem suas principais estrelas, um bom e emocionante jogo. O Gamba não contou ainda com Lee Keun Ho, atacante sul coreano, que estava com a seleção de seu país, e os Reds com outra jovem estrela, Naoki Yamada. Mas mesmo com os desfalques, o jogo foi muito bom e disputado, e as equipes fizeram uma boa partida para os espectadores, principalmente os quase 24 mil pagantes que foram ao Saitama Stadium 2002. E quem se deu bem na partida foram os Reds, que com grande atuação de outro jovem, Tsukasa Umesaki, venceram com autoridade, por 2x1. Os Reds, que criaram o dobro de chances de gol em relação ao Gamba: 18x9, abriram o placar justamente com Umesaki, que aproveitou rebote do goleiro, Fujigaya, após chute forte do artilheiro da Nabisco, Despotovic. O gol inicial foi marcado aos 21 minutos, e ainda no 1º tempo, aos 38min, o mesmo Umesaki fez bela jogada, driblou dois marcadores e chutou forte, a bola desviou em Escudero e entrou: 2x0 Urawa. Na segunda etapa, o Gamba foi para cima em busca do empate, mas perdeu muitas chances, as mais claras em cabeçada de Sota Nakazawa para fora, e em cobrança de falta de Sasaki, que passou rente a trave, no lance em que mostrou a falta que Endo faz ao time de Osaka, não só por ser especialista em bola parada, mas também, pela técnica, criatividade, e ser o principal articulador de jogadas do time. Mas o Gamba após perder boas oportunidades, conseguiu chegar ao gol com Otsuka, aos 48min, no entanto, já era tarde demais: Os Reds seguraram a vantagem, e avançaram a final da Nabisco, para emoção não só da torcida, mas principalmente, de Umesaki, que não foi titular em nenhuma da partida da J-League e ficou muito emocionado por ser o grande nome da vitória e classificação de seu time, além é claro, do reconhecimento da torcida e companheiros de time.

E o adversário do Urawa na final, será o Kashima, que na outra Semifinal, bateu o Nagoya Grampus também por 2x1. Praticamente sem desfalques de peso - o Nagoya perdeu Kennedy para a seleção australiana, mas o jovem, Kensuke Nagai, mais uma vez jogou em seu lugar, e fez com que os torcedores não sentissem a falta do grandalhão, e Tamada, lesionado, foi bem susbtituído por Mu Kanazaki, que volta de lesão, enquanto o Kashima não perdeu jogadores - os dois times protagonizaram um grande jogo, emocionante e com muitas chances de gol. Quem saiu na frente foi o time de Ibaraki, com gol do jovem atacante, Yuya Osako, logo aos 10min de jogo. Mas o Nagoya foi atrás, e à apenas 10min do fim, chegou ao empate com o experiente e excelente zagueiro, Marcus Tulio Tanaka. O jogo foi para a prorrogação, e quem brilhou foi mais um jovem, o meio campista, Gaku Shibasaki, que anotou o tento da vitória e classificação do Kashima à decisão.

A grande final da Nabisco será disputada no dia 29 de outubro, e será a terceira final do torneio entre as duas equipes. Nas anteriores, uma vitória para cada lado: Em 2002, vitória do Kashima por 1x0, com gol de Ogasawara, que é o atual capitão do time. Um ano depois, em 2003, veio o troco, com título e goleada dos Reds por 4x0, com gols de Emerson, Koji Yamase e Tatsuya Tanaka (2 vezes). Emerson está atualmente no Corinthians, Yamase defende o Kawasaki Frontale, e Tanaka ainda defende o Urawa. O Kashima vai em busca do seu quarto título da Nabisco, enquanto o Urawa, vai em busca do segundo.



Artilharia:

4 Gols:

Despotovic - Urawa Red Diamonds

3 Gols:

Masashi Oguro - Yokohama F-Marinos

2 Gols:

Yuya Osako - Kashima Antlers

Genki Haraguchi - Urawa Red Diamonds

+ 9 jogadores

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Foi tão fácil, que foi até sem graça

Avassalador e dando um show, o Japão massacrou na manhã de hoje, sem piedade alguma, em Osaka, no Nagai Stadium, em partida válida pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo FIFA 2014, o Tadjiquistão por um incrível 8x0. Com o resultado, os Samurais Blues lideram o grupo C da competição, com 7 pontos, mesma pontuação do vice líder Uzbequistão (Japão leva vantagem no saldo de gols e gols marcados), que no outro jogo da chave, bateu a Coreia do Norte por 1x0. O jogo foi tão fácil para os japoneses, que dominaram a partida do início ao fim, que embora quem assistiu a partida, tenha visto um grande espetáculo por parte dos nipônicos, achou o jogo até um tanto sem graça.

Kengo Nakamura foi o grande nome da goleada nipônica (Foto: Sanspo)

Mas foi um verdadeiro show do Japão, que com grandes atuações de Kengo Nakamura (o nome do jogo), Shinji Kagawa, Shinji Okazaki e Mike Havenaar, não deu chance alguma ao adversário, e chegou facilmente a goleada. O fraco Tadjiquistão não ofereceu perigo à meta japonesa, e o goleiro nipônico, Eiji Kawashima, pouco apareceu na partida. Se o craque, Kagawa, um dos destaques do jogo de hoje, não cumpriu a promessa de show contra o Vietnã, na partida desta manhã, ele e os Samurais Blues de forma tardia, cumpriram a promessa, dando um grande espetáculo a quem acompanhou a partida. Outro detalhe é que os destaques da partida marcaram gols, e duas vezes, com exceção de Kengo Nakamura, que anotou um tento, mas que ainda deu três assistências e participou de outro gol. O outro gol foi marcado pelo lateral direito, Yuichi Komano. O lateral inclusive, e também Yuto Nagatomo e Makoto Hasebe, foram outros que também tiveram atuações de destaque, embora em um nível um pouco abaixo do quarteto já citado.

Ainda com os desfalques de Keisuke Honda, Daisuke Matsui e Atsuto Uchida, mas desta vez sem testes, com o melhor time possível (ainda que sem nomes que poderiam ter sido convocados, como Inui, Usami e Miyaichi), o Japão, comandado pelo técnico italiano, Alberto Zaccheroni, entrou em campo no 4-5-1 (4-2-3-1) com: Eiji Kawashima; Yuichi Komano, Maya Yoshida, Yasuyuki Konno, Yuto Nagatomo; Makoto Hasebe (C), Yasuhito Endo, Shinji Okazaki, Kengo Nakamura, Shinji Kagawa; e Mike Havenaar.

Após muito ter se dito sobre Havenaar ser titular contra o Vietnã, o que acabou não acontecendo, a grande surpresa na escalação de hoje foi a presença do gigante entre os titulares, fazendo sua estreia entre os 11 iniciais pela seleção principal. Quanto aos outros setores da seleção japonesa, na defesa, os titulares, com exceção de Komano, que mais uma vez substituiu o lesionado Uchida. No meio campo, também o time titular, com exceção de Kengo Nakamura, executando a função de Keisuke Honda, outro desfalque por lesão, e Okazaki, que assim como na Copa da Ásia, jogou na posição de Daisuke Matsui, outro desfalque.

Com o melhor que tinha, o Japão não deu chance alguma, e desde o primeiro segundo da partida, dominou o adversário. Com menos de um minuto aliás, o selecionado nipônico já foi para o ataque e quase marcou. Hasebe fez linda jogada pela direita e rolou para Kagawa, que de primeira, tocou para Okazaki que chutou para defesa fácil do goleiro adversário. Logo na sequência, o Ogro finalizou mais uma vez, desta vez por cima da meta.

A pressão continuou pelos cinco minutos seguintes, mas os Samurais Blues desperdiçavam muitas chances, foi um show também, de gols perdidos. Aos 10 minutos, Kagawa fez linda jogada individual, mas a bola não entrou.

E após muito pressionar, finalmente o gol saiu. Aos 11 minutos, Komano fez boa jogada pela direita, e cruzou para Havenaar, de cabeça, abrir o placar.

Logo na estreia como titular na seleção, Havenaar marca dois gols, confirmando sua excelente fase (Foto: Sanspo)

Após gol, o Japão que já mandava no jogo, passou a dominar ainda mais, porém, desperdiçava todas as chances, uma atrás da outra.

Mas desta vez, o ditado: "Quem não faz, toma" não se tornou realidade, pois a seleção japonesa dominava totalmente o adversário, que não conseguia passar do meio campo. E tamanha pressão só poderia resultar em mais tentos. E o segundo, saiu com 19 minutos. Novamente Komano fez boa jogada pelo flanco direito, e tocou para Kengo Nakamura, que em belo passe, deixou Okazaki livre para chutar forte e fazer a festa em Osaka: 2x0.

A seleção só não teve um placar ainda mais elástico pela falta de pontaria e competência do goleiro do Tadjiquistão, que fez boas defesas.

Aos 31 minutos, Havenaar teve chance de marcar seu segundo gol, mas errou por pouco, na cabeçada, a bola subiu demais.

E o jogo estava tão fácil que até Komano deixou o dele. Aos 34 minutos, Kengo chutou, o goleiro bateu roupa e o lateral, da entrada da área, soltou uma bomba rasteira e ampliou a vantagem nipônica para 3x0. Um belo gol do lateral direito, que assim como Kengo Nakamura, Kagawa, Okazaki e Havenaar, teve bela atuação.

Kagawa também marcou duas vezes na goleada (Foto: Sanspo)

Em atuação de gala, o Japão chegou ao quarto gol ainda na primeira etapa. Aos 41 minutos, Kengo Nakamura, um dos protagonistas da bela atuação nipônica, teve mais um momento importante na partida, achando Kagawa, outro protagonista do jogo, livre na área. E em belo toque por cima do goleiro, Kagawa anotou o quarto tento japonês. Estava muito fácil.

Enquanto o Japão dava um verdadeiro show no meio campo e ataque, a defesa nipônica era apenas espectadora privilegiada da partida. Principalmente o goleiro, Eiji Kawashima, que sequer apareceu na primeira etapa, pois o Tadjiquistão estava tão perdido e refém, que sequer chegou a finalizar em todo o primeiro tempo, aliás, o time mal passou do meio campo.

Na segunda etapa, esperava-se que o Japão puxasse o freio de mão e apenas administrasse a vantagem, e que o Tadjiquistão tentasse ao menos, diminuir a vergonha, no entanto, não foi o que aconteceu. Os Samurais Blues continuaram a dominar a partida, criar e desperdiçar inúmeras chances, e repetiram o placar do primeiro tempo, marcando mais 4 gols.

E o quinto gol, não tardou a acontecer. Com apenas dois minutos do segundo tempo, Mike Havenaar anotou seu segundo tento na partida.

Homem do jogo, Kengo Nakamura teve sua atuação de gala coroada com um gol (Foto: Sanspo)

Jogando bonito, trocando passes e mais passes, com domínio total da partida e posse absurdamente alta de bola (chegou em determinado momento do 2º tempo, a 70%), o Japão não demorou a chegar ao sexto gol. Após deixar os companheiros na cara do gol por muitas vezes, perder algumas chances, participar de um gol, e dar a assistência para dois, para coroar sua atuação, Kengo Nakamura anotou o quinto gol japonês.

Doze minutos depois, após perder mais algumas chances de gol, foi a vez de Kagawa marcar. Anotando seu segundo tento na partida, e o sétimo do Japão no jogo, não se sabe bem se o craque finalizou ou tentou cruzar, mas fato é que o meio campista anotou de cobertura, um belo gol, aumentando ainda mais a festa e a cantoria da fanática torcida nipônica em Osaka.

Okazaki marcou gol histórico, e também foi responsável pela festa em Osaka (Foto: Getty Images)

E para fechar a goleada com chave de ouro, Okazaki também anotou seu segundo gol na partida. Completando cruzamento de Kengo Nakamura (3ª assistência de Kengo no jogo), de cabeça, o Ogro fechou o placar em 8x0. Foi um gol histórico de Okazaki, que ultrapassou Naohiro Takahara, e se juntou a Shunsuke Nakamura na lista de maiores artilheiros da história da seleção japonesa. O matador agora soma 24 gols, e é ao lado de Nakamura, o sexto maior artilheiro da história dos Samurais Blues.

No final da partida, Zaccheroni deu chances para alguns jogadores. O italiano lançou Jungo Fujimoto na vaga de Okazaki, Hajime Hosogai no lugar de Hasebe, e Tadanari Lee, que vinha sendo titular, no lugar de Havenaar. Fujimoto mais uma vez decepcionou, e provou que não é jogador à altura da seleção japonesa. Hosogai que fez um jogo razoável contra o Vietnã e vinha se mostrando um bom reserva, entrou mal na partida, e apenas fez lambança em uma jogada. Já Lee, entrou bem no jogo e tentou deixar sua marca, mas desperdiçou todas as chances. A entrada de Fujimoto, aliás, foi o único erro de Zaccheroni, que poderia ter testado Genki Haraguchi, jovem promessa (ou seria realidade?) japonesa, que vem jogando muito bem pelo Urawa Red Diamonds, e entrou bem no amistoso contra o Vietnã.

O Japão tentou chegar aos 9x0, mas esbarrou em erros de finalização e no goleiro do Tadjiquistão, ao menos, o 8x0 foi um excepcional resultado, ainda que contra um adversário fraco, e também, foi uma belíssima exibição da seleção japonesa, que lidera o grupo e está bem próxima da classificação à quarta fase das Eliminatórias Asiáticas.



Análise individual dos jogadores:


Eiji Kawashima: Sem Nota

Mero espectador na partida. O Tadjiquistão não ofereceu perigo algum, não finalizou e mal passou do meio campo.


Yuichi Komano: 8,5

Duas assistências e um gol. Substituiu muito bem o Uchida, bela atuação.


Maya Yoshida: 6

Não foi exigido, quando apareceu, não comprometeu.


Yasuyuki Konno: 6

Idêntico ao companheiro de zaga.


Yuto Nagatomo: 8,5

Apareceu muito bem no ataque, não teve trabalho na defesa.


Makoto Hasebe: 7

Bela atuação do capitão. Sem trabalho na defesa, e muito bem no ataque, iniciando boas jogadas ofensivas com passes e lançamentos.


Yasuhito Endo: 6

Jogou para o gasto, nem precisou aparecer muito.


Shinji Okazaki: 9,5

Atuação quase perfeita do Ogro. Muita movimentação, dois gols e infernizou a defesa adversária. Já é o 6º maior artilheiro da história da seleção japonesa.


Kengo Nakamura: 9,5

Um gol, três assistências, e participou da jogada de outro. Isso fora os belos dribles, passes, enfiadas e lançamentos, deu muita criatividade ao meio campo e fez o que Endo não fez hoje. Atuação praticamente perfeita de Kengo Nakamura, provando que tem espaço na seleção, no mínimo, no banco. O homem do jogo.


Shinji Kagawa: 9,5

Outro com atuação quase impecável. Dois belos gols, dribles, movimentação e passes. Voltou a jogar no nível em que nos acostumamos a vê-lo atuar.


Mike Havenaar: 9,5

Atuação quase perfeita, uma estreia como titular para ficar marcada na memória do gigante. Fora fazer bem o pivô, proteger a bola, dar bons passes, e toda hora levar perigo e preocupação à defesa adversária, ele anotou dois gols.


Jungo Fujimoto: 1

Entrou apenas para atrapalhar.


Hajime Hosogai: 4

Entrou e fez lambança em um lance, apenas isso.


Tadanari Lee: 6,5

Se movimentou e buscou o jogo, mas perdeu todas as chances que teve.


Alberto Zaccheroni: 9

No jogo de hoje, foi quase perfeito, só poderia ter dado a oportunidade à Genki Haraguchi, ao invés de Jungo Fujimoto.



Matéria produzida por Gabriel Pazini, Diego Dantas e Elias Falarz.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Craques do Passado: Masami Ihara - Capitão por toda a vida

井原 正巳 - MASAMI IHARA




Masami Ihara é sem sombra de dúvidas, o maior zagueiro que o Japão já teve. Foi o primeiro capitão dos Samurais Blues em Copas do Mundo e é o jogador que mais vezes foi convocado para vestir o Hinomaru. É uma lenda a ser lembrada para sempre!




Ihara é um dos jogadores mais importantes da história do Japão ( Foto: IFFHS)


O começo de tudo e o título da J-League

Ihara nasceu em Kazuno, província de Akita, no dia 18 de Setembro de 1967. Aos 19 anos, entrou na Universidade de Tsukuba, onde atuando pela equipe local, conseguiu uma vaga no time B do Japão que disputou a Copa da Ásia em 1988.

Em 1990, Ihara deixou a Universidade e assinou com o Nissan Motors (atual e tradicional Yokohama F-Marinos) da JSL (Japan Soccer League, a atual J-League). Na época do amadorismo, ganhou a Copa da Liga (JSL Cup) em 1990, as Emperor's Cup de 1991 e 1992, e a cobiçada Liga dos Campeões da Ásia (Asian Champions League) na temporada 91/92 e na temporada 92/93. Com o futebol virando profisional no Japão, o Nissan Motors virou Yokohama Marinos (o "F" viria só em 1999, após a falência do rival Yokohama Flügels, quando parte do extinto time, se juntou ao Marinos) e na primeira temporada da J-League, o Marinos terminou num razoável 4º lugar, atrás do campeão Verdy Kawasaki (hoje Verdy Tokyo), Kashima Antlers e Shimizu S-Pulse, contudo, Ihara fez parte do J-League '93 Best Eleven, que é a escolha dos 11 melhores jogadores da temporada.

O auge viria no ano de 1995, onde o Mister Marinos como é chamado pelos fãs, foi peça-chave do "Tricolore" campeão da J-League, comandado pelo técnico Hiroshi Hayano, num time que ainda contava com Satoru Noda, Ramom Medina Bello, David Bisconti, Masaharu Suzuki, Takahiro Yamada, Ramon Diaz e um jovem goleiro que viria a ser a revelação da J-League naquele ano, um tal de Yoshikatsu Kawaguchi. Ainda em 1995, Ihara ganhou o prêmio de Jogador Asiático do Ano.

Ihara e companheiros comemoram o título da J-League em 1995. (Foto: J-League Photos)

Vacas magras


Ihara não conseguiu grandes proezas após o caneco em 95. O Marinos fez campanhas razoáveis na J-League e discretas na Emperor. Em 1997, na Asian Champions League, o Marinos caiu nas Quartas de Final, que era uma espécie de grupo. Em 1999, Ihara aposentara da seleção após a Copa América. E também era a hora de dizer adeus ao time que o consagrou para o futebol. Após a temporada de 1999, o Mr. Marinos como é lembrado pelos torcedores até hoje, deixava o Tricolore para vestir as cores da Celeste de Shizuoka, o Jubilo Iwata.


Tempos de Celeste

Ihara no All Japan Penalty Kick Championship em 2000, uma espécie de Gol Show (Foto: Diego Dantas/Futebol Plus-Futebol Nippon)

Ihara chegou ao Jubilo em 2000 já aos 33 anos, num time que tinha estrelas como Masashi Nakayama, Toshiya Fujita, Hiroshi Nanami e Fukunishi. Naquele ano, o Jubilo apenas conseguiu um vice campeonato na Liga dos Campeões da Ásia e o título da Xerox Super Cup. No ano seguinte, Ihara trocou mais uma vez de time, assinando com o Urawa Red Diamonds.


Urawa Red Diamonds e aposentadoria

Ihara nos Reds (Foto: J-League Photos)

No ano seguinte, Ihara já com 34 anos, estava perto da aposentadoria e acertou com o promovido da J2, o Urawa Red Diamonds de Masahiro Fukuda, Yuichiro Nagai, Shinji Ono, entre outros "renagados". Ihara foi titular da zaga dos Reds durante a temporada, num time que na época, era de médio porte na J-League. Em 2002, os Reds foram vice campeões da Nabisco Cup ao perderem por 1x0 para o Kashima Antlers com gol do Ogasawara. Ao final daquele ano, Ihara anunciava sua aposentadoria aos 35 anos de idade. Ali terminava a carreira de uma lenda viva do futebol mundial.


Seleção Japonesa

Ihara serviu a seleção por mais de 10 anos. (Foto: Archive Metropolis)

Ihara é o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção japonesa na história. Foram 11 anos de serviços prestados aos Samurais Blues. Suas primeiras convocações aconteceram no ano de 1988, onde o Japão participou da primeira vez da Copa da Ásia (que foi um fiasco). Em 1992, veio o primeiro título da Copa da Ásia jogando em casa, e a partir daí, o Japão começou a aparecer mais no cenário do futebol.

No ano seguinte, já com a profissionalização do futebol no país, o Japão estava disputando as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Ihara era titular daquela equipe, mas ainda não era capitão, posto que era ocupado por Tetsuji Hashiratani. A classificação para a Copa nos Estados Unidos era dada como certa, até que no último minuto do jogo contra o Iraque, o Japão sofreu o gol que eliminou os Samurais Blues da Copa do Mundo. Porém, o grande momento ainda estava por vir. Em 1997, o Japão enfrentaria o Irã pelas Eliminatórias. Uma vitória e o Japão estaria na Copa da França no ano seguinte, e os Samurais, no sufoco por 3x2, venceram e garantiram a classificação para a Copa do Mundo de 1998.

Em 1999, o Japão foi convidado a participar da Copa América, e Ihara foi novamente titular da seleção durante o torneio. Com a eliminação na primeira fase, boa parte dos jogadores, não só Ihara, mas também Wágner Lopes, Naoki Soma, Saito e Okano, anunciaram aposentadoria internacional, deixando espaço para jogadores promissores.

Em ordem: Ihara, Miura Atsu e Akita num hotel em Assunção durante a Copa América de 1999 (Foto: Epasa)

Ihara está no hall da fama no futebol japonês e será lembrado para sempre!



Carreira
1990-1999 Yokohama F-Marinos
2000 Júbilo Iwata
2001-2002 Urawa Red Diamonds
Seleção Japonesa
1990-1999 122 JOGOS - 5 GOLS

Honda de volta em novembro?

O astro, Keisuke Honda, que está à 1 mês sem jogar devido a lesão no joelho, só voltaria aos gramados em 2012... Mas sua volta pode ser antecipada, e o craque já pode ter condições de jogo pelo CSKA Moscou e pela seleção japonesa para as partidas das Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo FIFA 2014, em novembro.

Honda pode voltar antes do previsto (Foto: Sky Sports)

O que nos resta é torcer e esperar para ver Honda de volta em ação ainda este ano.

domingo, 9 de outubro de 2011

Okazaki está 100% recuperado e enfrenta Tadjiquistão na terça

O atacante japonês, Shinji Okazaki, está 100% recuperado da lesão que o tirou do amistoso contra o Vietnã, na semana passada, partida que os nipônicos venceram por um magro 1x0.

Agora recuperado, o Ogro pretende além de fazer uma boa partida e ajudar o Japão a vencer o Tadjiquistão no jogo que é válido pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo FIFA 2014, marcar gols.
Okazaki está 100% para ajudar o Japão na partida (Foto: Sanspo)

O matador já anotou um tento nesta edição das Eliminatórias, o de empate no 1x1 diante do Uzbequistão pela segunda rodada.

O jogo contra o Tadjiquistão será nesta terça-feira, em Osaka, no Nagai Stadium, às 7h45 horário de Brasília.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Prévia 2ª fase Emperor Cup

Nesse sábado a bola vai rolar pela segunda fase da Emperor Cup, um dos torneios mais tradicionais do Japão. Neste estágio da competição, são incluídos além dos times que classificaram-se durante a primeira fase, os times das duas principais divisões japonesas: J-League e J2.

Os times da elite japonesa e os times do segundo escalão são os principais favoritos a vencer seus jogos e passar de fase, com exceção de algumas partidas em que haverão duelos de certo equilíbrio, pelo fato de equipes da segunda divisão jogarem entre si. Como é o caso do Thespa Kusatsu que recebe o Fagiano Okayama nesse sábado, em duelo que tende a ser o mais equilibrado desta fase, pois ambas as equipes encontram-se na J2 e fazem campanhas bem parecidas: O Thespa tem 35 pontos e está no 13º lugar, enquanto o Fagiano é o 17º colocado, com quatro pontos a menos.


Segue abaixo, a tabela com os duelos da 2ª fase da Emperor:

08/10 - Sábado
Tochigi SC x Honda Lock
Consadole Sapporo x Mito Hollyhock
Thespa Kusatsu x Fagiano Okayama
Kashiwa Reysol x Tochigi Uva
Montedio Yamagata x Blaublitz Akita
F.C. Tokyo x Kagoshima
Shimizu S-Pulse x Gifu II
Shonan Bellmare x Fagiano Okayama II
Yokohama FC x Matsumoto Yamaga
Ehime FC x Ryukyu
Ventforet Kofu x Machida Zelvia
Kawasaki Frontale x Arte Takasaki
Sanfrecce Hiroshima x Zweigen Kanazawa
Vegalta Sendai x Sony Sendai
Avispa Fukuoka x Kochi University

10/10 - Segunda-feira
FC Gifu x Giravanz Kitakyushu
Oita Trinita x Tokushima Vortis
Gainare Tottori x Roasso Kumamoto
Kyoto Sanga FC x Sagawa Printing
Omiya Ardija x Fukuoka University
Verdy Tokyo x V-Varen Nagasaki
JEF United Ichihara Chiba x Dezzolla Shimane
Vissel Kobe x Sanyo Denki Sumoto

11/10 - Terça-feira
Kataller Toyama x Sagan Tosu

12/10 - Quarta-feira
Albirex Niigata x Toyama Shinjo
Gamba Osaka x Sagawa Shiga
Jubilo Iwata x Fukushima United
Urawa Red Diamonds x Miyazaki Sangyo University
Nagoya Grampus x Suzuka Rampole
Kashima Antlers x Tsukuba University
Cerezo Osaka x Hokkaido University
Yokohama F-Marinos x Kamatamare Sanuki

Sem brilho, Japão derrota Vietnã pelo placar mínimo

Sem brilho algum, o Japão derrotou na manhã de hoje, em partida amistosa, em Kobe, a seleção do Vietnã por 1x0. O selecionado nipônico entrou com um time reserva, com apenas 4 titulares em campo, pensando já no jogo contra o Tadjiquistão, pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo FIFA 2014, na próxima terça-feira. Mas a falta de brilho não foi em decorrência do time reserva, afinal, mesmo faltando muitos jogadores que poderiam ter atuado, não só titulares, mas também reservas, o time que entrou em campo era muito superior ao selecionado vietnamita, faltou brilho, porque a seleção tratou a partida apenas como um amistoso, não levou o jogo a sério, e jogou apenas o suficiente para vencer por 1x0, atuando num nível bem abaixo do que o time pode render, mesmo jogando no 3-4-3, um esquema também de teste. Ao menos, o jogo serviu para que o técnico da seleção, Alberto Zaccheroni, testasse alguns jogadores e possibilidades, além de perceber os jogadores que tem e não tem condições de atuar pela seleção.

Japão venceu, mas não convenceu contra o Vietnã (Foto: Sanspo)

Com o esquema tático montado no 3-4-3, o Japão entrou em campo com:

Nishikawa; Inoha, Konno e Makino; Komano, Hosogai, Hasebe (C) e Nagatomo; Fujimoto, Lee e Kagawa.

Como puderam perceber, Zaccheroni modificou todo o time titular que era esperado para o jogo. O técnico italiano não escalou Sakai na direita, no lugar de Komano, e nem deu a chance ao atacante, Mike Havenaar, o qual todos tinham certeza que seria titular. Veículos nipônicos inclusive, deram como certa a escalação do gigante, e o próprio Zaccheroni, em reportagem que você conferiu aqui no Futebol Nippon, também fez o mesmo, e Mike chegou a ser até entrevistado e afirmar estar feliz com a chance, no entanto, na última hora, o italiano optou por Tadanari Lee, que vem sendo titular regularmente nos jogos da seleção. Outras surpresas foram Nishikawa e Hosogai entre os titulares, pois no mais, todos os outros atletas já eram esperados entre os 11 iniciais.

Testando jogadores, dando oportunidades à Nishikawa no gol, Inoha e Makino na defesa, Hosogai no meio campo, e Fujimoto no ataque, além de mais um teste no esquema 3-4-3, Zaccheroni usou o jogo para observar jogadores que não tinha visto ainda atuando por mais tempo pelos Samurais Blues, e também, para poupar os titulares para o jogo contra o Tadjiquistão. No entanto, Zacc poderia ter testado Sakai no lugar de Komano, e Haraguchi e Kengo nos lugares de Fujimoto e Hosogai, respectivamente, pois Haraguchi tem mais características do que Fujimoto para jogar pela ponta direita, e Kengo, daria a criatividade que faltou ao time durante quase toda a partida. O italiano poderia ainda, ter testado Havenaar, que finalmente atuaria desde o início de uma partida pela seleção. Porém, os torcedores não precisam reclamar, pois Zaccheroni fez apenas testes no jogo de hoje, e é bem provável que os reservas na partida de hoje, sejam titulares no jogo de terça-feira, e os titulares de hoje (com exceção de Kagawa, Hasebe, Nagatomo e Konno, e talvez, Lee) sejam reservas.

Mas a partida de hoje não foi das melhores, pois, como já mencionado, os Samurais Blues não levaram o jogo a sério, jogaram para o gasto, e foram muito aquém do esperado. Além disso, a arbitragem foi péssima, parou demais a partida e marcou faltas desnecessárias. Quanto aos jogadores, Nishikawa mais uma vez se mostrou muito seguro e um excelente reserva para Kawashima; Inoha e Makino se saíram bem; Komano foi mais uma vez, apenas regular; Hosogai idem; e Fujimoto decepcionou mais uma vez, provando que não é jogador à nível de seleção japonesa, mesmo dando a assistência para o gol de Lee. Já os titulares, também sem levar o jogo a sério, não fugiram do que normalmente apresentam pela seleção: Konno foi seguro; Hasebe tranquilo, foi bem, sendo fundamental na marcação e ainda iniciando a jogada do gol; Nagatomo idem; Lee marcou o gol da vitória e teve boa atuação; e Kagawa foi outro a atuar bem.

Lee finalmente desencanta e enche Kobe de felicidade (Foto: Sanspo)

Nos primeiros dez minutos, a seleção não ofereceu muito perigo, mais estudou o Vietnã do que ameaçou, a movimentação era boa, mas a conclusão e os passes deixaram um pouco a desejar. O Japão valorizou muito a posse de bola, chegou a estar com mais de 60%, mas não finalizava, o time e o jogo estavam muito sonolentos. O pior de tudo era que o Japão fazia faltas bobas no meio campo, e isso deixou o jogo ainda mais sonolento.

Aos 20 minutos, Kagawa recebeu lindo lançamento e quase marcou, a bola passou pelo goleiro, mas o zagueiro do Vietnã tirou a bola praticamente em cima da linha, foi por pouco! Aos 23 minutos, finalmente o gol saiu. Hasebe deu lindo passe para Fujimoto, que invadiu a área e rolou para Tadanari Lee, bem posicionado, concluir a jogada e abrir o placar. Com o gol, o Vietnã cochilou no jogo, deixando assim, o Japão crescer ainda mais na partida.

E logo em seguida, aos 25 minutos, Fujimoto teve boa chance para ampliar, ao bater por cobertura, mas a bola foi para fora.

Criando muitas chances, Kagawa tentava pelo flanco esquerdo, mas a zaga sempre cortava na hora H. Aos 36min, Nagatomo deu belo cruzamento, mas Makino, de cabeça, errou por pouco.

Kagawa foi o grande nome da primeira etapa (Foto: Sanspo)

Na primeira etapa, sem sombra de dúvidas, o melhor em campo foi Shinji Kagawa, que se movimentando muito, driblando e criando boas jogadas, fez um primeiro tempo impecável. A zaga não foi exigida, mas se portou bem, assim como Nishikawa. Komano sumido, nada produziu, Nagatomo foi bem, Hosogai jogou para o gasto, enquanto Hasebe e Lee, tiveram boas atuações. O destaque negativo foi Fujimoto, o meia deu a assistência para o gol de Lee, mas tirando isso, perdeu um gol fácil, e ainda errou e desperdiçou várias jogadas.

Já no segundo tempo, o contestado zagueiro, Kurihara, entrou em campo, e curiosamente, o Japão passou a tomar um sufoco do Vietnã, que obrigou o goleiro Nishikawa a trabalhar, e fazer 3 excelentes defesas durante a segunda etapa. Abe também entrou em campo, e o Japão passou a jogar no 4-2-3-1, mas nada mudou, pois o volante do Leicester entrou muito mal, e o Japão continuou sem vontade e jogando apenas para manter a vantagem.

Mas o panorama mudou muito, depois, com as entradas de Kengo Nakamura e Genki Haraguchi, que tiveram belas atuações e deram outra cara ao futebol do Japão. Kengo deu mais criatividade ao time, dando belos passes e enfiadas de bola, enquanto Haraguchi, com movimentação, dribles e finalizações, trouxe mais penetração e agressividade ao ataque. No entanto, os Samurais que voltaram a criar chances de gol, sempre as desperdiçavam, e o placar não saiu do insistente, chato e decepcionante 1x0. O Japão melhorou no tradicional esquema, que é o perfeito para o time, mas, graças a falta de vontade e pouco caso com a partida, o jogo terminou mesmo em 1x0. Provavelmente, Zaccheroni deve utilizar Kengo e Haraguchi como titulares na partida contra o Tadjiquistão, afinal, o italiano poupou os titulares no jogo de hoje, e com os desfalques de Honda e Matsui, é bem provável que os dois sejam titulares, pois contra o Tadjiquistão, os Samurais Blues devem atuar no 4-5-1.

Haraguchi entrou muito bem na partida e mudou junto com Kengo Nakamura, a cara do jogo (Foto: Sanspo)

O Japão perdeu algumas boas chances, e o jogo terminou em 1x0 a favor dos Samurais Blues, um resultado inexpressivo, mas que não retrata bem o que foi o jogo, pois embora tenha jogado mal, e bem abaixo do nível que pode render, a seleção japonesa podia ter saído com um placar mais elástico, e o Vietnã, pelo sufoco no começo da segunda etapa, merecia ao menos um golzinho. Ao menos, não é para se assustar e cornetar, pois o Japão jogou num esquema diferente, testando jogadores, com muitos desfalques e ainda, sem levar o jogo a sério, jogando apenas para vencer pelo gasto. No próximo jogo sim, contra o Tadjiquistão, pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo FIFA 2014, com o time completo (com exceção dos já mencionados desfalques de Honda, Matsui e Uchida) e no esquema certo e tradicional (4-5-1), com o time querendo vencer, poderemos cobrar uma partida de verdade dos Samurais Blues e uma grande atuação.

O jogo é na próxima terça-feira, 11 de outubro, às 7h45.


Análise Individual dos Jogadores:


Shusaku Nishikawa - 10

Quando exigido, foi perfeito.


Masahiko Inoha - 6

Atuação regular, sem falhas e sem comprometer, deu bons passes e foi seguro.


Yasuyuki Konno - 6

Idêntico ao companheiro.


Tomoaki Makino - 6,5

Outro que foi bem na defesa, ganha o,5 ponto à mais por ter aparecido bem no ataque.


Yuichi Komano - 5

Decepcionante. Bem na defesa, mas nulo no ataque. Zaccheroni poderia ter testado Hiroki Sakai em seu lugar.


Hajime Hosogai - 5

Sumido no jogo, mas bem na defesa.


Makoto Hasebe - 7

Boa atuação do capitão. Fundamental na defesa e iniciando excelentes jogadas ofensivas, como foi no caso do gol da vitória.


Yuto Nagatomo - 7

Bem na defesa e perigoso no ataque.


Jungo Fujimoto - 5

Péssima atuação. Errou demais e desperdiçou várias jogadas. Ganha o 5 exclusivamente pela assistência.


Tadanari Lee - 8,5

Bela atuação de Lee. Se movimentou muito, criou boas chances de gol e marcou o tento da vitória.


Shinji Kagawa - 8

Não deu o show que foi prometido, mas teve bela atuação, com belos dribles e criando muitas jogadas, principalmente na primeira etapa.


Yuzo Kurihara - 1

Entrou em campo e só atrapalhou.


Yuki Abe - 4

Entrou e não foi bem. Muito mal no começo, mas depois melhorou.


Maya Yoshida - 6

Entrou e foi regular, como seus colegas de defesa (com exceção de Kurihara).


Kengo Nakamura - 8,5

Bela atuação de Kengo! Entrou muito bem e deu outra cara e mais criatividade ao time, deveria ter começado como titular.


Genki Haraguchi - 8,5

Entrou muito bem, assim como Kengo. Trouxe mais agressividade e penetração ao ataque. Outro que deveria ter começado como titular.


Alberto Zaccheroni - 6

Fez o que um treinador tem que fazer em amistosos contra times fracos: Testes. Porém, poderia ter testado Sakai no lugar de Komano, e ter entrado com Haraguchi no lugar de Fujimoto e Kengo no lugar de Hosogai. Além de ter dado a oportunidade à Mike Havenaar.


Matéria produzida por Gabriel Pazini e Elias Falarz.